Nem tudo é festa

O combate à dengue é responsabilidade compartilhada pelo governo federal, estados e municípios. Em Sergipe, no entanto, há quem prefira lavar as mãos.

O governador Fabio Mitidieri não demonstra a disposição necessária para enfrentar e dar fim ao mosquito Aedes Aegypti, de uma vez por todas. Ao invés de arregaçar as mangas e cair em campo, promovendo as ações esperadas de alguém com as responsabilidades derivadas do cargo que lhe foi confiado pelos sergipanos, ele preferiu assumir uma postura estritamente burocrática, sem nenhuma consequência prática imediata, como se o problema não fosse seu também.

Até agora, enquanto o risco de uma epidemia ganha volume, o governo de Sergipe nada fez, além de apoiar eventuais iniciativas do poder público municipal. 

Estado orienta municípios sergipanos na promoção de ações para prevenção e controle do Aedes aegypti, mero multiplicador de informação. Para resolver o problema, entretanto, é preciso empregar numerosa força de trabalho. O lixo acumulado em terrenos baldios, nos quintais das residências; os reservatórios de água e as calhas dos telhados não restarão limpas por força de orientação. Alguém precisa fazer o trabalho pesado.

Nem tudo é festa. Ainda há tempo para o governo de Sergipe reavaliar a própria postura e trabalhar para evitar uma epidemia de dengue no estado. Os recursos distribuídos pelo governo federal, mais o trabalho efetivamente realizado pelas prefeituras pode não ser suficiente.