Luz, arte e tecnologia

Mordo a língua, satisfeito com o meu erro, como um gaiato que tropeça no meio da rua e se arreganha em franca gargalhada, com a bunda no chão.

Há poucos dias, apontei o dedo duro para o calendário de eventos promovidos pelo poder público local, sempre os mesmos. Agora, sou confrontado com a realização do Sergipe Mapping, um show de criatividade e tecnologia, diferente de tudo o que já foi realizado por aqui.

Nos dias 16 e 17 de janeiro, a Praça Fausto Cardoso, no Centro de Aracaju, servirá de palco para um grande espetáculo de luz, arte e tecnologia.

A realização do Sergipe Mapping, festival gratuito com projeções mapeadas, música, artes visuais, gastronomia e cultura popular,abre a programação do Verão Sergipe 2025 – um espetáculo ao ar livre, combinação de música e imagem, com apresentações de bandas e artistas locais, além de grupos folclóricos, acompanhados de intervenções visuais.

As obras de videomappingem exposiçãose servemda história e cultura de Sergipe, desde os povos originários Kariri-Xocós até a ativista e historiadora Maria Beatriz Nascimento.

“O Sergipe Mapping combina inovação, audiovisual e criatividade, áreas que vêm crescendo em diversos estados, e se alinha às ações do governo no fortalecimento da economia criativa e solidária”, explicou o presidente da Funcap, Gustavo Paixão.

O evento propõe uma nova ocupação dos espaços públicos, revitalizando praças e áreas normalmente desocupadas à noite, criando novas conexões entre arte e público. Com foco na valorização da identidade cultural, o festival destaca as cores, ritmos e memórias sergipanas.

A escolha da Praça Fausto Cardoso, inaugurada em 1857 e localizada no centro de Aracaju, reflete sua relevância histórica como cenário de eventos culturais e ponto de encontro da cidade.

“Um dos grandes destaques será o ‘Arrudeio’, um passeio guiado pelos arredores da Praça Fausto Cardoso, mostrando a história de locais importantes como o Cine Palace, a Liga da Procuradoria Geral do Estado, a Ponte do Imperador e o Beco dos Cocos. É uma oportunidade para valorizar o patrimônio histórico e cultural da nossa capital”, afirmou Gustavo Paixão.