Acelen mantém preço de combustíveis atrelado ao mercado internacional

A política de preços da Acelen, que administra a refinaria de Mataripe, responsável pelo abastecimento de combustíveis fornecidos ao estado de Sergipe, continua atrelada ao mercado internacional. Na semana passada, a Petrobras anunciou o fim do Preço de Paridade de Informação (PPI).
Sobre a política de preços, Cristiano Costa, VP Comercial da Acelen, concedeu a seguinte entrevista ao JD:
Qual a diferença entre a política de preços da Petrobras e da Acelen?
A Acelen tem uma política clara de preços, com critérios bem objetivos. Os preços dos combustíveis produzidos na Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado, alinhados ao Preço de Paridade de Importação, em consonância com as práticas internacionais.
O preço do petróleo é variável por ser uma mercadoria em estado bruto, ou seja, uma commodity da qual o valor depende da oferta e da demanda. Quando existe muito produto à disposição o preço cai, já quando a quantidade disponível diminui, o valor sobe, assim como acontece com o preço do pão da padaria, quando o valor de mercado da commodity trigo sofre grandes variações.
Outro bom exemplo é a tarifa dinâmica dos carros por aplicativo, onde muitas vezes um mesmo trajeto custa preços diferentes, de acordo com a demanda para aquele destino.
A Petrobras nos vende petróleo considerando suas cotações internacionais, que variam diariamente. Então, não faria sentido algum pagarmos preços internacionais pelo petróleo e não seguir preços internacionais de derivados na venda.
Qual é a média de preços da gasolina praticada pela Acelen nos estados do Nordeste?
Em uma região tão grande quanto o Nordeste, realizar uma média não é efetivo, não ilustra a realidade, já que os preços são regionais, baseados em fatores como distância, frete, etc. Sugerimos conferir os valores para cada um dos locais para onde a Acelen entrega o produto no site da Acelen, onde são divulgados periodicamente: https://www.acelen.com.br/precos-as-distribuidoras/
Quando a Petrobras eleva os preços, as demais empresas também não seguem?
A Acelen sempre seguiu uma política de preços totalmente independente da Petrobras, com uma fórmula transparente, homologada pela ANP, agência reguladora do setor. Ela é baseada em critérios técnicos, com objetivo de garantir previsibilidade e preços justos, em prol de um mercado mais competitivo no país.
Foi justamente por causa desta política independente, que a Acelen conseguiu manter combustíveis mais baratos em 80% dos dias do ano até o momento. Inclusive, reduzindo mais vezes que a Petrobras.
No diesel, foram 10 reduções consecutivas, acumulando queda de 31% desde o início do ano. Já a gasolina soma queda de 16% no mesmo período, enquanto o GLP, que tem preço atualizado mensalmente, a redução foi de cerca de 10%, de março para maio.
Não é correto o pensamento de que a Petrobras ou o governo definem o preço nas bombas, existe toda uma cadeia produtiva e uma série de fatores comerciais na formação do preço final. A Acelen, por exemplo, não produz o petróleo, ela compra da Petrobras ou é obrigada a importar para então refinar e vender às distribuidoras. As distribuidoras é que venderão aos postos. Além de nossa fórmula homologada, baseada em fatores técnicos, existe toda uma cadeia que considera seus custos até chegar na bomba, o que significa que nenhuma refinaria é responsável por este preço final e é muito importante esclarecer essa informação.