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Acusado de chefiar grupo de extermínio é morto pela polícia


Publicado em 16 de outubro de 2014
Por Jornal Do Dia


Aurelino era considerado pela polícia um pistoleiro muito perigoso

O ex-presidiário José Augusto Aurelino Batista, o "Zé Augusto", 41 anos, que vinha sendo acusado de chefiar um grupo de extermínio em Poço Verde (Centro-Sul), foi morto a tiros às 3h de ontem, durante uma operação com cerca de 20 policiais civis que foram até a casa do acusado, na periferia do município. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que os policiais estiveram lá para cumprir um mandado de prisão contra Aurelino, mas este reagiu e provocou o tiroteio.

A família do acusado, no entanto, alega que ele foi executado pelos agentes. A acusação partiu principalmente da esposa de Aurelino, que estava na casa e levou um tiro na mão esquerda, cujo impacto decepou um de seus dedos. Ela foi levada para o Hospital Regional de Lagarto, medicada e liberada.
Em entrevistas à rádio Mix FM e à TV Atalaia, a mulher contou que os policiais derrubaram o portão da casa com uma caminhonete e desceram encapuzados, armados e protegidos por escuros, enquanto "Zé Augusto" estava deitado no sofá, não tinha nenhuma arma consigo e chegou a ser abraçado por ela e pela filha do casal, que tem quatro anos e é portadora de leucemia. Neste momento, segundo ela, aconteceram os disparos, sendo que o primeiro teria o acertado pelas costas. A esposa ainda acusa a polícia já ter planejado sua morte e alegou que teme ser assassinada.

A resposta da SSP veio pela delegada-geral da Polícia Civil, Katarina Feitoza. Ela informou que Aurelino teve sua prisão decretada pela Justiça e que, durante a chegada dos policiais para cumprir o mandado, ele estava armado com uma pistola ponto 40 de numeração raspada e usou a arma contra os policiais. "No momento da voz de prisão, ele recebeu os policiais com tiros. Eles não tiveram outra forma de detê-lo e de proteger as próprias vidas, a não ser retribuir com a força proporcional. Esta foi uma ação policial legítima, porque o histórico deste foragido não é novidade para ninguém", disse ela, pontuando que a operação será investigada internamente.

Katarina destaca que "Zé Augusto" era considerado muito perigoso e tinha um histórico de ameaças que fazia até contra a própria polícia. "Os nossos policiais foram preparados para prendê-lo, mas cientes das ameaças que ele tinha feito a policiais baianos há cerca de um mês em uma emissora de rádio. Os policiais foram cumprir um mandado de busca e apreensão em sua residência e ele fez ameaças publicas de que se tivesse em casa ninguém entraria em sua residência", disse a delegada, lembrando ainda que Aurelino já foi preso duas vezes pela polícia sergipana, sendo a última vez dentro do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), em junho deste ano.

Aurelino foi apontado como responsável por mais de 15 mortes que teriam ocorrido em 2012 na cidade de Poço Verde. Em um dos crimes, conforme a polícia, o acusado chegou a seguir uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mandou que a equipe saísse do veículo, dominou um adolescente que estava sendo atendido e o executou em plena rodovia.

Para Katarina, o acusado não hesitava em atacar seus alvos, que iam das pessoas simples até às autoridades da Justiça e do Ministério Público. "Esse cidadão é suspeito de matar cerca de 20 pessoas entre Sergipe e Bahia e para manter a impunidade de seus atos ameaçava testemunhas e representantes do Estado que procuravam incriminá-lo por seus crimes. O juiz e o promotor de Poço Verde, por exemplo, andavam com segurança, proteção policial e carros blindados com medo das ameaças do acusado", explicou.

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