Adema fiscaliza vazamento de amônia na Fafen
Publicado em 06 de fevereiro de 2019
Por Jornal Do Dia
Milton Alves Júnior
Gestores da Fábrica de Fertilizantes Hidro- genados (Fafen-SE), têm até a tarde de hoje para apresentar um relatório técnico oficial explicando sobre um possível vazamento de amônia registrado na última sexta-feira (01), durante o processo de hibernação da fábrica. O pedido de esclarecimentos foi reivindicado na tarde de ontem pelo Governo do Estado de Sergipe, através da Administração do Meio Ambiente (Adema), que, pelo segundo dia consecutivo, realizou inspeções na unidade instalada há décadas no município de Laranjeiras. Horas após a Petrobras ter iniciado a hibernação da fábrica, cerca de dez moradores do povoado Bom Jesus se depararam com ardência nos olhos e com grande dificuldade para respirar.
Diante da instabilidade clínica de alguns moradores, na segunda-feira a empresa estatal realizou um monitoramento da área, e, em dois boletins – emitidos pela manhã, e no final da tarde -, a empresa alegou que não foram encontradas anormalidades. A companhia esclareceu ainda que a Fafen não é a única unidade industrial na região. Fato parcialmente compartilhado com os estudos realizados pela equipe da Adema. Segundo o órgão estadual não foi constatado um vazamento significativo de compostos poluentes e que, consequentemente, não traria dano à população. Apesar da constatação a Adema reforçou a exigência de monitoramento dos materiais que são descartados.
A proposta é manter a proteção dos moradores do entorno e dos próprios funcionários que ainda permanecem nas dependências internas e externas da fábrica. Conforme o JORNAL DO DIA tem destacado ao longo dos últimos dois meses, o Governo Federal, por intermédio da Petrobras tem evitado de falar sobre os assuntos envolvendo a Fafen. Esta semana a estatal emitiu uma nota garantindo que segue por tempo indeterminado realizando novas medições e verificações nas instalações. Sobre a recomendação de relatório pericial a fábrica garantiu que irá elaborar um relatório específico das atividades realizadas desde a última sexta-feira e o encaminhará à Adema.
Punição – Ao final da inspeção a Administração do Meio Ambiente revelou que a Petrobras pode ser notificada ou multada, caso o relatório aponte que houve evasão de substâncias em maior quantidade do que a de segurança permitida. Ou seja, a lei estabelece como de alto risco às altas concentrações a partir de 2.500 ppm (partes por milhão) por um período de 30 minutos. A Adema deve voltar a se manifestar sobre o assunto após receber o relatório prometido pela Petrobras.