Adema recolhe mais de 100 fardos de borracha no litoral sergipano que teriam sido transportados por navio que afundou durante a 2ª guerra mundial
Caixas recolhidas nas praias sergipanas
Publicado em 30 de julho de 2021
Por Jornal Do Dia
Adema recolhe mais de 100 fardos de borracha no litoral sergipano que teriam sido transportados por navio que afundou durante a 2ª guerra mundial
Caixas recolhidas nas praias sergipanas
Depois de 77 anos, caixas que eram transportadas por um navio alemão naufragado na 2ª Guerra Mundial seguem se aproximando e encalhando na costa do Nordeste brasileiro. Com base em relatórios atualizados a cada nova descoberta, a direção da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) informou no final da manhã de ontem que somente no litoral sergipano, mais de 100 unidades desses objetos foram recolhidas das faixas de areia. Com pouco mais de 300 fardos de borracha encontrados em todo o território nordestino – mais o litoral do Espírito do Santo -, o estado de Sergipe contabiliza a mais expressiva coleta dessas caixas.
Sem comprovação de danos diretos à saúde dos seres humanos, perícias identificaram que os fardos de fato foram produzidos com a predominância de látex, a fim de serem utilizados para a produção de materiais emborrachados, a exemplo de luvas, botas e preservativos. Já no que se refere à descoberta da origem, o Governo do Ceará revelou em outubro de 2019 que estudos realizados por pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), concluíram com comprovações que os objetos se desprenderam do navio naufragado em 1944. O surgimento das caixas começou ainda no segundo semestre de 2019, após o primeiro aparecimento ter sido notificado em Alagoas.
Paralelo ao registro indicado ausência de periculosidade à vida humana, Gilvan Dias, presidente da Adema, também garantiu que não há registro de análises técnicas provando que essas caixas apresentam qualquer tipo de risco de contaminação ao meio ambiente. Mesmo diante dessa ausência de periculosidade, o gestor destaca que: "são anos de estudos intensos desde o surgimento da primeira, sem comprovação de riscos, mas é preciso destacar que a população não deve pegar essas caixas. Nós disponibilizamos o número de telefone (79) 99191-5535 para que as pessoas liguem e nos avisem para que equipes da Adema recolham as caixas." A Polícia Federal também participou das análises, as quais não identificaram indicativos tóxicos.