Deputado João Daniel: alívio para os jovens do Sertão
JACKSON COM O MINISTRO MERCADANTE
O ministro Aloísio Mercadante atende reivindicação do Governo de Sergipe
Para o reitor Antoniolli, novo campus é vitória dos sertanejos
Publicado em 02 de setembro de 2013
Por Jornal Do Dia
Deputado João Daniel: alívio para os jovens do Sertão
JACKSON COM O MINISTRO MERCADANTE
O ministro Aloísio Mercadante atende reivindicação do Governo de Sergipe
Para o reitor Antoniolli, novo campus é vitória dos sertanejos
Uma reivindicação histórica do sertão sergipano será atendida, graças à união de esforços entre o governo do Estado e a população da região. A partir de 2014, um campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS) estará em funcionamento na região, abrigando inicialmente os cursos de Agronomia, Zootecnia e Medicina Veterinária. A iniciativa representa mais um estímulo ao desenvolvimento e ao crescimento socioeconômico, confirma o empenho do Governo do Estado na interiorização do ensino superior e inaugura uma fase de incremento científico e tecnológico no território mais pobre de Sergipe.
A notícia foi anunciada na noite da última quarta-feira, em Brasília (DF), após uma audiência entre o governador em exercício, Jackson Barreto, e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Na oportunidade, ficou decidido que a diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior do MEC, Adriana Rigon Weska, virá a Sergipe no próximo dia 15 para fazer levantamentos sobre a demanda de cursos e a estrutura que será necessária para sua viabilização. A cidade na qual será construído o novo campus também pode ser escolhida pelo MEC, entre Nossa Senhora da Glória e Poço Redondo.
Foi acertado ainda que, durante a fase provisória, até a construção de uma cidade universitária, o governo do estado irá ceder a Escola Profissionalizante Dom José Brandão de Castro, recém-construída em Poço Redondo. Ela estará à disposição do MEC, que, em contrapartida, assume os custos gerais da instalação e manutenção.
"Uma grande vitória, vitória do sertão, vitória de Sergipe", comemorou Jackson Barreto, cuja atuação junto ao MEC foi decisiva para a implantação do Campus no Sertão. Ele explica que a aprovação do Ministério foi dada 12 dias depois do 1º Acampamento Coletivo da Juventude do Campo e da Cidade do Alto Sertão, em Poço Redondo. Na ocasião, Jackson recebeu um documento assinado por 24 entidades que solicitavam a expansão do ensino superior na localidade. Ele assumiu um compromisso de marcar a audiência com o ministro da Educação e acompanhar essa solicitação. "Estou muito contente de realizar o sonho da juventude e vê chegar ao Sertão a extensão da UFS, cumprindo com a minha obrigação", disse.
Luta antiga – Mas o início da luta da comunidade sertaneja não foi de agora. A mobilização de moradores e autoridades da região e de outros municípios começou ainda em 2005, quando um documento com mais de 40 mil assinaturas foi entregue ao então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com este objetivo. O reitor da UFS, Ângelo Roberto Antoniolli, lembra que o processo de expansão da Universidade teve início durante a gestão do presidente Lula. "O campus do Sertão é fruto de um processo histórico fruto da expansão da UFS e do plano de Reestruturação das Universidades (Reuni), implantado no governo Lula. A primeira região que se dispôs a receber um campus da interiorização foi justamente o Sertão", afirma.
Para Antoniolli, a expansão da Instituição contribui para o desenvolvimento do Estado. "Essa conquista é fruto do trabalho de vários segmentos sociais e políticos: do movimento dos Sem Terra, dos trabalhadores rurais e do governador em exercício Jackson Barreto. O Sertão receberá cursos das áreas das agrárias, que certamente farão parte do desenvolvimento do arranjo produtivo regional. Ofertaremos cursos como agronomia, veterinária, zootecnia, que levarão conhecimento, formação superior, técnicas agrícolas e tecnologias para o desenvolvimento local. A Universidade é uma força propulsora do desenvolvimento do Estado. Essa é mais uma vitória do povo sergipano, dos jovens que agora terão esse espaço de formação superior", comemora.
Anualmente, a UFS oferta 5.490 vagas em 106 opções de cursos distribuídas nos campi de São Cristóvão, Aracaju (Campus da Saúde), Itabaiana, Laranjeiras e Lagarto. A implantação do novo campus é um projeto previsto no plano de expansão da instituição. Lançado no início dos anos 2000, o processo de expansão já contemplou os municípios de Itabaiana, Lagarto e Laranjeiras. Com a interiorização, o número de sergipanos universitários quase triplicou no período de seis anos. Em 2005, a instituição somava dez mil discentes. Após o vestibular de 2011, 27 mil alunos circulam pelas didáticas e campi da única universidade pública sergipana.