Alegando risco de covid, INSS suspende perícias para revisão de benefícios em SE

Milton Alves Júnior

O aumento de casos envolvendo sergipanos diagnosticados com Covid-19 forçou a direção regional do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a suspender todas as perícias médicas no âmbito do Programa de Revisão de Benefícios (PRBI), e inicialmente reagendar para o segundo semestre deste ano. Conforme destacado pelo Ministério do Trabalho, as perícias são necessárias para revisão do benefício por incapacidade temporária, antigo auxílio-doença. Em janeiro o governo federal já havia publicado uma portaria permitindo que esse tipo de assistência sofresse alterações; a confirmação em Sergipe foi apresentada pelo próprio INSS na manhã de ontem.
Os segurados afetados pela suspensão das perícias continuarão recebendo os benefícios normalmente. A portaria manteve o atendimento para os casos de mutirões de realização de perícia médica que já estavam previamente programados e com viagens definidas no âmbito da Subsecretaria da Perícia Médica Federal. O Brasil vem registrando uma curva acentuada no aumento dos casos de covid-19. Dados divulgados na noite da última segunda-feira (07) indicam que, nas 24 horas anteriores foram contabilizados 2.391 pessoas testando positivo para a doença, e outras seis pessoas morreram vítimas de complicações. No acumulado, desde o início da pandemia 306.977 já testaram positivo, e 6.135 sergipanos morreram.
Em comunicado oficial, o Instituto Nacional do Seguro Social informou que todos os contribuintes com atendimento agendado para esse primeiro trimestre de 2022 deve receber uma ligação do INSS (135) confirmando a suspensão e alterando a data de realização para o segundo semestre. Houve a garantia ainda de que nenhum assegurado deve enfrentar problemas com essa suspensão; ou seja, apesar da mudança de datas, todos continuarão recebendo o benefício normalmente até a data da próxima perícia. O JORNAL DO DIA entrou em contato com o instituto a fim de saber quantos sergipanos devem enfrentar estas mudanças. O quantitativo não foi divulgado pelo INSS.