Alimento estragado no Campus de Glória provoca infecção em 50 pessoas
Publicado em 07 de novembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se
Durante todo o dia de ontem o serviço de fornecimento alimentício no campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em Nossa Senhora da Glória, precisou ser suspenso depois que pelo menos 50 pessoas, incluindo estudantes, servidores e colaboradores, relatarem sintomas gastrointestinais, como vômito, diarreia e febre, após o almoço. Com base em depoimentos prestados por pessoas que buscaram assistência hospitalar e amostras da refeição distribuída durante o almoço da terça-feira, 05, peritos acreditam que a lasanha ofertada pode ter sido a principal causa dos danos à saúde. No dia de ontem aulas também foram suspensas; o serviço é realizado por intermédio de empresa terceirizada.
Pela instituição de ensino superior foi informado que cada refeição custa R$ 14,66, sendo que estudantes matriculados em cursos de graduação pagam R$ 1 por refeição, enquanto acadêmicos da pós-graduação pagam R$ 2. O restante do valor por refeição é custeado pela própria universidade. Paralelo à suspensão do serviço, foram adotadas ainda medidas que viam desenvolver uma análise detalhada das condições higiênico-sanitárias do local seja realizada; investigação das causas do surto, com análise de amostras dos alimentos consumidos; e notificação às autoridades competentes, como a Vigilância Sanitária, para garantir o cumprimento das normas sanitárias e assegurar que o serviço de alimentação só seja retomado quando todas as condições de segurança alimentar forem devidamente restauradas no Resun Sertão.
Em comunicado público compartilhado com o JORNAL DO DIA, a UFS destacou que já passou a adotar “as devidas providências administrativas e legais em relação à empresa responsável pela prestação de serviços alimentares no Resun do Sertão, caso se comprove responsabilidade por possíveis falhas que possam ter contribuído para o incidente, conforme estipulado no contrato.” Não há expectativa de quando o serviço será retomado, bem como quando os relatórios técnicos devem ser apresentados à reitoria da instituição. Pela estudante de medicina veterinária Carla Grenyere, foi dito que poucas horas após o consumo, os problemas começaram a ser constatados pelos alunos enquanto seguiam nas salas de aula.
“Essa intoxicação alimentar, com dores de barriga, de cabeça e até mesmo febre começaram no final da tarde, quando muitos colegas que comeram no Resun estavam nas aulas. A princípio era uma dor leve, depois o mau estar começou a ser agravado ao ponto de muitos correrem para urgência. Essa situação piorou ainda mais nessa quarta-feira, e talvez por isso a UFS decidiu suspender algumas atividades”, afirmou a estudante. Sobre uma possível recorrência deste problema, Grenyere completou alegando que: “não me recordo de outra situação tão intensa como essa; casos pontuais acontecem, mas não nessa proporção. Esperamos realmente que isso não se repita, para o bem da saúde de todos.” (MAJ)