Aracaju inicia fevereiro com recorde na média móvel de casos de covid-19

O estado vive uma nova disparada de casos de Covid-19, provocados principalmente pela disseminação da variante ômicron do coronavírus. Segundo o boletim epidemiológicoda Secretaria de Estado da Saúde (SES), 2.391 novos casos da doença apenas nesta segunda-feira. Foi a maior alta desde a segunda onda da pandemia, em março do ano passado. O número se manteve alto também nos outros dias do final de semana: foram 1.847 contaminados confirmados no sábado e 1.582 no domingo.
As mortes causadas pela doença também se mantiveram em uma média de seis por dia, registradas no sábado e ontem. Já no domingo, foram três óbitos. No total, 306.977 pessoas testaram positivo para a doença e 6.135 morreram desde o início da pandemia, em março de 2020.
O número de pacientes internados em UTIs e enfermarias nas unidades de saúde de Sergipe, por complicações da Covid, tiveram uma ligeira alta. No boletim de ontem, foram 141 pacientes, sendo 44 na rede pública e 97 na rede privada. No sábado, eram 132 pacientes, com nove pacientes a mais na rede privada.

Aracaju – A maior preocupação é quanto ao comportamento dos casos em Aracaju, que lidera as estatísticas no Estado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a capital registrou no sábado a maior média de casos desde o início da pandemia. Foram 1.025 novos casos na média móvel de sete dias. Antes disso, o pico mais alto de média registrada ocorreu em 11 de janeiro de 2021, com 623 casos.
“No fim de agosto do ano passado, o número de casos caiu drasticamente para uma média de 15 casos, chegando até a três, em meados de novembro. Mas em janeiro deste ano as coisas voltaram a piorar. Com a chegada da variante ômicron e o relaxamento das medidas de segurança por parte da população, constatamos um crescimento da covid como nunca tivemos em Aracaju”, observa a secretária da Saúde, Waneska Barboza.
A SMS diz que tem realizado diversas estratégias de detecção e combate ao vírus na capital. Entre elas estão a ampliação de pontos de testagem na Atenção Primária, que chega a 41 Unidades Básicas de Saúde (UBSs); a criação de um Centro de Atendimento e Triagem a Síndrome Gripal; aumento de leitos municipais exclusivos para covid de6 para 19, implementação do Filômetro; reformulação do TesteAju apenas para pessoas com sintomas e criação do carro da vacina, que circula nas comunidades com os menores índices de imunização.
“Mas de nada adianta mantermos ou ampliarmos essas medidas se a população não fizer a parte que cabe a ela e não aderir à vacinação. São cuidados básicos que todos já conhecem, mas que temos percebido uma diminuição, com o uso de máscaras em locais fechados; higienização das mãos com água e sabão ou álcool 70%; distanciamento social, principalmente em eventos em locais fechados. Ou seja, precisamos que as pessoas tenham bom senso, pois só assim conseguiremos evitar que a doença vitime ainda mais pessoas”, alerta a secretária.