Aracaju possui 815 casos confirmados de dengue
Publicado em 29 de novembro de 2014
Por Jornal Do Dia
Kátia Azevedo
katiaazevedo@jornaldodiase.com.br
De janeiro até o dia 26 de novembro de 2014, foram notificados em Aracaju 1.630 casos de dengue, sendo 815 confirmados. Os dados são do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju. A coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Taise Cavalcante, revela que o Ministério da Saúde preconiza que 2% de uma população pode desenvolver a doença durante um ano, o que caracterizaria uma epidemia de grande proporção.
"O número de casos esperados de dengue em Aracaju para o ano de 2014 é de 12.292, desta forma, observamos que com 815 casos confirmados este ano não ocorreram 93% dos casos esperados na capital", compara.
De acordo com informações do LIRAa do Ministério da Saúde, em 1.737 cidades brasileiras, mostra que 612 municípios ainda se mantêm em situação de alerta na luta com a dengue. A pesquisa mostra ainda que 135 municípios do país estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias da doença, estando as demais 990 cidades com índices satisfatórios. Aracaju ficou entre as 13 cidades brasileiras em situação de alerta, junto à Boa Vista, Palmas, Salvador, Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Belém e Porto Velho.
Taise Cavalcante destacou ainda que o mês de maio foi o mês de maior notificação e confirmação de casos de dengue em 2014, reforçando que o primeiro semestre de cada ano é o período de maior transmissão da doença em Aracaju.
Uma das ações para combater a doença é a campanha nacional de prevenção contra o vírus da Dengue e também contra a febre chikungunya, que acontecerá no dia 06 de dezembro. Aracaju vai participar da mobilização. "O dia 6 de dezembro foi determinado pelo Ministério da Saúde como o dia "D" de Combate à dengue e ao chikungunya", explica Taise Cavalcante.
Ela destaca que em agosto deste ano começou a circulação no Brasil da chikungunya, doença viral transmitida pelo Aedes aegypti e Aedes albopictus, o mesmo transmissor da dengue. "Como o momento de maior transmissão da doença no Brasil compreende o período do verão, pelas características de chuvas esparsas com sol, favorecendo o crescimento mais rápido do mosquito transmissor, toda a ação de mobilização da comunidade para o alerta sobre a doença e a tomada de decisão na eliminação de locais que sirvam de criadouro do Aedes aegypti foi retomado pelo Ministério da Saúde. Este ano um dia específico para uma mobilização a nível nacional de alerta a população", informa.
Segundo Taise, o Programa Municipal de Controle da Dengue de Aracaju (PMCD) planejou uma semana de ação em todos os bairros do município direcionados para a mobilização de toda comunidade sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar a proliferação do Aedes através de palestras e distribuição de material educativo nas escolas, nas igrejas, em grupos da terceira idade, conselhos locais de saúde.
Ela informa ainda que a Brigada Estadual de Combate à Dengue estará durante a semana de 01 a 06 de dezembro junto com o município desenvolvendo ações no bairro Santa Maria, único bairro classificado com risco de epidemia no último LIRAa com valor de 5,6.
"Também o PMCD durante a semana desenvolverá ações de bloqueio de focos do mosquito através das notificações de casos suspeitos de dengue, intensificação das ações nos pontos estratégicos: ferro-velho, borracharia, cemitério, rodoviária, e continuará realizando as ações de bloqueio de transmissão que é a aplicação do fumacê costal na área que compreende até 300 metros do local de notificação de casos", ressalta.
Ela informa que no dia 6 de dezembro, o dia "D", a Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju realizará ações educativas e de eliminação de focos no bairro Santa Maria junto com a Brigada Estadual e Emsurb.
Sobre a febre chikungunya, Taise Cavalcante salientou que todo município que tem a presença do mosquito Aedes aegypti tem a possibilidade de transmissão da doença. "Desta forma todo esforço deve estar concentrado na eliminação de locais que sirvam de criadouros do mosquito. Já fizemos investigação epidemiológica de 02 casos suspeitos, porém não foi confirmado por laboratório estes casos", observa.