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Baderna dentro do hotel


Publicado em 07 de agosto de 2012
Por Jornal Do Dia


O quarto do hotel foi todo revirado

parte do gesso foi derrubado

Gabriel Damásio
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br

O líder de uma banda baiana de pagode chamada "A Bronkka" arrumou, literalmente, uma grande bronca para ser resolvida na Justiça sergipana. O vocalista do grupo, Igor Kannário, foi acusado neste final de semana de criar transtornos para hóspedes e funcionários do Hotel Riverside, na Orla de Atalaia (zona sul de Aracaju): ele teria agredido a socos um funcionário do hotel, além de ter consumido drogas, depredado o quarto onde estava hospedado e feito barulho com som alto no hotel, em uma suposta "festa particular" com a presença de adolescentes. A queixa foi prestada na Delegacia Plantonista (Centro) pela direção do hotel, que pretende processar o cantor e o grupo.

Tudo aconteceu entre a noite de sábado e a manhã de domingo, quando um festival com shows de bandas de pagode aconteceu na Praça de Eventos da Orla. De acordo com a denúncia do hotel, a primeira confusão aconteceu após a chegada do grupo ao estabelecimento. Foi quando os integrantes teriam ligado o som de um carro até o último volume. A polícia chegou a ser chamada, mas o som foi desligado. Em seguida, os músicos arrumaram-se e foram se apresentar no festival.

No meio da madrugada, os integrantes da "Bronkka" retornaram ao Riverside e, entre eles, estava Igor e duas garotas que o acompanhavam – as quais seriam, conforme testemunhas, menores de idade. Instantes depois, quando eram 5h de domingo, os funcionários foram acionados por hóspedes que reclamaram do som alto. O encarregado do turno, de prenome Alexandre, subiu até a suíte onde o grupo estava hospedado e exigiu que o hóspede fizesse menos barulho no local. Igor teria ficado muito irritado e deu dois murros no rosto do funcionário, que não reagiu.

Outros funcionários e até alguns hóspedes intervieram na confusão e o vocalista começou a quebrar objetos dentro do quarto, demonstrando estar fora de controle. "Dentre os problemas causados tivemos a agressão a um nosso colaborador, drogas no apartamento e corredores, apartamento destruído com pratos, copos quebrados, papel de parede queimado dentre outros", afirmou a gerente do hotel, Cristiane dos Santos, classificando Kannário como "um ser lamentável" e indicando que os músicos baianos teriam consumido drogas e bebidas dentro da suíte. A polícia foi novamente chamada e, desta vez, todos os envolvidos foram levados à Delegacia Plantonista, onde prestaram depoimento.

Igor Kannário foi liberado, mas vai responder a um Termo Circunstanciado que será encaminhado ao Juizado Especial Criminal de Aracaju. Depois da confusão, os músicos da banda retornaram a Salvador, onde moram. O assunto repercutiu intensamente na mídia baiana e no meio musical, a ponto de o produtor Téo Santana, responsável pelo festival de pagode, anunciar que "A Bronkka" nunca mais será contratada para tocar em seus eventos. Já a representante do Hotel Riverside informou que os advogados da empresa vão processar a banda na Justiça, para ressarcimento dos danos materiais, e entregar uma queixa formal à Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur), pedindo que ela proíba a hospedagem do grupo baiano em qualquer outro hotel ou pousada de Sergipe.

Ontem de manhã, representantes da banda tentaram um acordo com a direção do hotel e, em seguida, divulgaram uma nota oficial sobre os incidentes do fim de semana. Nela, a versão apresentada pelo Riverside foi parcialmente negada, principalmente quanto ao vandalismo e ao uso de drogas. "A produção da banda reitera que esteve hospedada até o período previsto e realizou o check-out por volta das 10 horas da manhã do domingo (dia 5 de agosto), conforme planejado, tendo verificado as instalações, inclusive do quarto onde estava hospedado o cantor Igor Kannário. Não houve colchão queimado, nenhum móvel foi quebrado ou danificado. Também não haviam drogas no local, como afirmado por alguns veículos", diz o texto.

Já a briga entre o vocalista da "Bronkka" e o encarregado do hotel foi confirmada, mas, segundo a versão do grupo, aconteceu fora do hotel e teria sido provocada pelo funcionário. "O cantor Igor Kannário, quando voltava do evento que participou, foi interpelado na porta do estabelecimento por um dos funcionários do local, que agiu com truculência, empurrando a cabeça do cantor e colocando o dedo na cara, em tom de ameaça, induzindo-o à briga", afirma a banda, acrescentando que tal versão foi apresentada à polícia, nos depoimentos dos músicos.

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