A baleia foi encontrada morta na praia da Costa, na Barra dos Coqueiros
A baleia Jubarte foi encontrada na manhã de domingo, mas técnicos da Adema acreditam que já estava morta há vários dias, e que foi levada para a praia pela correnteza
Publicado em 27 de julho de 2021
Por Jornal Do Dia
A baleia foi encontrada morta na praia da Costa, na Barra dos Coqueiros
A baleia Jubarte foi encontrada na manhã de domingo, mas técnicos da Adema acreditam que já estava morta há vários dias, e que foi levada para a praia pela correnteza
Depois de sete horas ininterruptas, profissi onais da Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema) e da Visão Ambiental – empresa que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia Sergipe/Alagoas -, conseguiram concluir as análises técnicas e enterrar a baleia da espécie jubarte, que foi encontrada sem vida na Praia da Costa, no município de Barra dos Coqueiros, região Norte do estado de Sergipe. Sem apresentar detalhes sobre as condições apresentadas pela baleia, tampouco quanto as possíveis causas do dano marinho, a Adema revelou apenas que o animal é um macho medindo cerca de 15 metros de comprimento. Para enterrá-lo, foram utilizados dois tratores e mais de 20 pessoas envolvidas na operação.
Biólogos e profissionais da veterinária que trabalharam na operação informaram que o movimento de baleias nas próximas da costa sergipana é considerado comum e já esperado para essa época do ano. Apesar de ter sido encontrada por pescadores e banhistas sem vida apenas na tarde do domingo, indícios mostram levam os profissionais a crerem que o animal já estava em óbito há cerca de quatro dias, bem como foi conduzido pela força da maré para a faixa de areia. De acordo com o médico veterinário da Adema, Daniel Allievi, um relatório deve ser apresentado assim que os estudos forem concluídos pela equipe técnica. O detalhamento dos fatos deve acontecer em até 30 dias úteis, podendo ser prolongado por mais um mês.
"A princípio, o que podemos afirmar é que esse animal já estava em óbito, há alguns dias, ali próximo as plataformas de petróleo, e que a força da maré o trouxe até a praia. Essa possibilidade pode mudar, ser alterada com o andamento das análises periciais e diálogos com pessoas que encontraram o animal na areia, ou avistaram quando ainda estava na água. Estamos diante de um animal raro aos olhos da imensa maioria das pessoas, e que nos provoca o desejo em descobrir os fatores que contribuíram para esse registro", declarou.
Ocorrências – Um estudo realizado, atualizado e apresentado pelo Projeto Baleia Jubarte, indica que somente nos seis primeiros meses desse ano foram identificados no Brasil 48 encalhes, enquanto o recorde anterior ocorreu em 2016, com 22 casos documentados, desde o início da sistematização dos dados em 2002. Neste ano, os registros de encalhe foram só de animais já mortos. O número de encalhes no primeiro semestre de 2021 já superou os encalhes registrados nos doze meses dos anos de 2002 até 2009, 2011, 2012 e 2015. Além desses 48 encalhes até junho, outros 26 já ocorreram no mês de julho, somando 74 até agora. A baleia encontrada na Barra dos Coqueiros pesava cerca de 35 toneladas.