Sexta, 13 De Dezembro De 2024
       
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Bandidos explodem mais cashs de bancos no interior


Publicado em 15 de outubro de 2013
Por Jornal Do Dia


A explosão destruiu todo o salão da agência de Feira Nova

Gabriel Damásio
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br

O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil investiga os três novos casos de caixas eletrônicos destruídos em agências do interior do estado. Dois deles aconteceram na madrugada deste domingo, na agência do Banco do Brasil em Poço Verde (Centro-Sul) e no posto de atendimento do Bradesco em Feira Nova (Agreste). No sábado, foi a vez de uma agência do Banese em Riachuelo (Vale do Cotinguiba). Em todos os casos, a suspeita é de que os assaltos teriam sido cometidos por quatro criminosos armados que usavam carros roubados e os abandonavam em seguida. Nas agencias, foram usados explosivos de alta potência, como dinamite.

Com os crimes deste final de semana, já são oito casos de assaltos contra caixas eletrônicos de agências do interior nos últimos 23 dias, sendo quatro explosões e quatro arrombamentos. Uma das possibilidades aponta para a existência de quadrilhas especializadas que já agem na Bahia e em Alagoas, as quais teriam passado a agir no lado sergipano. No entanto, a polícia considera "prematura" a informação de que os roubos foram praticados por uma mesma quadrilha.

Em Poço Verde, dois caixas da agência local do BB foram detonados por explosivos que destruíram praticamente todo o interior do banco, derrubando todo o forro. Segundo a polícia local, uma forte explosão foi ouvida por volta das 2h, acordando muitos moradores da região do Largo da Trindade, centro do município. Testemunhas disseram ter visto quatro homens armados fugindo da agência em um Toyota Corolla preto, seguindo a direção da cidade vizinha de Tobias Barreto. O carro foi encontrado ao início da manhã no povoado em Amargosa, em Poço Verde, e, conforme a polícia, teria sido roubado em Feira de Santana (BA). A Polícia Civil confirma que cerca de R$ 40 mil foram levados pela quadrilha.

Na mesma noite, outros quatro bandidos tentaram arrombar o Bradesco de Feira Nova e também usaram dinamites, mas fugiram sem levar o dinheiro. Feirantes que estavam próximos ao local perceberam a movimentação de quatro homens que saíam de lá em um carro. Policiais militares que estavam em uma base a pouco mais de 200 metros do banco ainda tentaram perseguir os criminosos, mas os pneus da viatura foram furados.

No terceiro caso, em Riachuelo, outro grupo de quatro assaltantes armados e encapuzados foi igualmente visto no Banese local. Lá, eles detonaram os explosivos em um dos caixas e, após destruírem praticamente toda a agência, levaram uma quantia não revelada em dinheiro. Os ladrões escaparam usando um GM Celta que foi abandonado e queimado horas depois em um canavial de Laranjeiras.

O Cope busca pistas que possam levar a identificar os bandidos e já teve acesso a imagens dos circuitos de segurança dos bancos de Riachuelo e Poço Verde. O mesmo dispositivo não foi encontrado no Bradesco de Feira Nova, que tem praticamente a mesma estrutura do posto de Pinhão (Agreste), explodido no último dia 25. Na ocasião, os criminosos não encontraram dificuldades para destruir o caixa e levar R$ 250 mil, pois as portas estavam destrancadas. As condições até geraram críticas do diretor do Cope, Flávio Albuquerque, que cobrou maior rigidez das prefeituras locais na exigência de mais segurança para os bancos.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) garante que várias quadrilhas que agiram em outros assaltos a bancos em Sergipe já foram presas. Essas prisões resultaram no esclarecimento de 17 dos 23 crimes de roubo, furto qualificado, explosões de caixas e sequestro de gerentes registrados no Estado entre janeiro e setembro deste ano.

Já a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou, em nota, que segue a Lei Federal 7.102/83, a qual obriga todos os estabelecimentos bancários (agências e postos de atendimento) a submeter um plano de segurança à Polícia Federal, que precisa aprovar tais planos para autorizar seus funcionamentos. Ainda segundo a entidade, "cada instituição financeira determina os padrões de segurança para suas agências de acordo com as características de sua rede de agências", observando o que diz a lei.

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