Sábado, 08 De Fevereiro De 2025
       
**PUBLICIDADE
Publicidade

Bandidos matam ex-PM em frente a um bar na Orlinha


Publicado em 07 de setembro de 2013
Por Jornal Do Dia


O crime chamou a atenção de curiosos, apesar do horário

Edvaldo Silva na identificação como militar

Gabriel Damásio
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br

A polícia investiga o assassinato do ex-policial militar Edvaldo Silva Santos Junior, 32 anos, que foi morto a tiros à 1h30 de ontem em frente ao bar Canoas, na Orlinha do Bairro Industrial (zona norte de Aracaju). Segundo as primeiras informações, ele fazia um trabalho de segurança no local e acompanhava a proprietária do bar até sua caminhonete, quando reagiu à abordagem de três homens armados. Edvaldo levou cerca de seis tiros e morreu na hora, tendo sua arma levada pelos criminosos. Duas possibilidades são investigadas: tentativa frustrada de assalto ou execução encomendada.
O crime aconteceu quando a dona do bar estava fechando o estabelecimento, na companhia de uma amiga e do ex-policial. As duas senhoras já estavam no carro quando os agressores chegaram, a bordo de um Ford Ka de cor preta que tinha sido roubado. Eles partiram na direção de Edvaldo, que ainda chegou a atirar, mas foi logo baleado, sem chance de defesa. Os bandidos não levaram nenhum dinheiro das mulheres e nem do bar, mas um deles voltou e pegou a arma que estava com Edvaldo, cujo calibre não foi identificado.
Depois do crime, os bandidos fugiram no Ka preto e o abandonaram em um foi queimado e abandonado em uma rua de terra deserta e com vários terrenos baldios no bairro Porto D’Anta, a menos de um quilômetro da Orlinha e junto ao Moinho Sergipe. Lá, os criminosos colocaram fogo no veículo e fugiram, deixando-o totalmente destruído e causando susto em alguns poucos moradores da rua. O veículo tinha sido roubado por cinco bandidos armados que renderam duas mulheres às 21h30 da última terça-feira, na Rua E do Conjunto Dom Pedro I, bairro José Conrado de Araújo (zona oeste).
A primeira suspeita levantada pela polícia aponta para uma tentativa de assalto que teria sido rechaçada por Edvaldo, mas a tese de execução ganhou mais força ao longo do dia. "Pelo fato do policial ter sido alvejado por múltiplos disparos, sem qualquer chance de defesa, e também há a organização, pelo fato deles eles abandonarem e tocarem fogo no carro a menos de um quilômetro do local do crime, provavelmente havia um segundo carro para dar fuga aos elementos. Tudo isso nos faz aventar a possibilidade de que esse crime pode ter sido premeditado", disse o tenente-coronel Paulo César Paiva, chefe de relações públicas da Polícia Militar.
O caso já começou a ser investigado pela 3ª Divisão do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), com participação dos núcleos de inteligência da PM. "Evidentemente, isso não ficará impune. É uma questão de honra para a corporação. Nosso núcleo de inteligência já está trabalhando e a única certeza que temos é que as pessoas que fizeram isso serão presas. Quem tiver informações, conhecer ou souber de características ou informações sobre esses indivíduos, que colabore conosco através do 181 ou do 190", afirmou o comandante-geral da PM, coronel Maurício Iunes, sem adiantar detalhes das investigações.

Estava fora – Edvaldo Santos Júnior era soldado e estava afastado da PM desde 25 de novembro de 2011, quando foi excluído dos quadros e processado por crime militar de deserção, isto é, quando um militar não comparece ao serviço por mais de oito dias, sem apresentar qualquer justificativa. A defesa alegou que o então militar precisou fazer um tratamento médico, mas o Comando negou ter lhe dado licença para isso. Edvaldo recorreu à Justiça e obteve uma liminar favorável em junho deste ano, mas o processo ainda tramitava na Auditoria Militar do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE).
O corpo do ex-PM foi enterrado ao fim da tarde no Cemitério Colina da Saudade, no Conjunto Santa Lúcia (zona oeste). Ele era casado e pai de uma filha.

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade