Domingo, 16 De Fevereiro De 2025
       
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Previstos muitos protestos durante desfile


Publicado em 07 de setembro de 2013
Por Jornal Do Dia


Operários trabalham na montagem do palanque oficial para o desfile de hoje

OPERÁRIOS TRABALHAM NA MONTAGEM DO PALANQUE DE AUTORIDADES PARA O DESFILE DA INDEPENDÊNCIA. ESTÃO PREVISTOS MUITOS PROTESTOS

Milton Alves Júnior
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br

Será realizado hoje em Aracaju o 19º Grito dos Excluídos convocado pela igreja católica e com o apoio de centrais sindicais, associações de bairros, movimentos estudantis e de trabalhadores rurais. Com o tema: ‘Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular’, os organizadores do ato público garantem que o número de participantes será superior ao registrado no ano passado e que a marcha desse 7 de setembro será a mais intensa e crítica dos últimos dez anos. Conforme dados da Polícia Militar, no ano passado cerca de 700 pessoas participaram do ‘grito’, esse ano, a perspectiva da organização é que mais de mil sergipanos possam aderir ao movimento.
Apesar do desfile cívico ser promovido pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Educação (Seed), os manifestantes se reuniram para debater a planilha de reivindicações e incluíram benefícios que possam ser atendidos pela Prefeitura de Aracaju. Insatisfeitos com o modo como a administração municipal vem governando a capital sergipana, em especial o serviço de transporte coletivo, integrantes do Movimento Não Pago garantiram presença na mobilização e prometeram ser ‘exigentes’ no protesto. Aproveitando a oportunidade, quando mais de 20 mil pessoas estarão acompanhando o desfile cívico, os jovens não descartaram a possibilidade de criticar além do prefeito João Alves Filho (DEM), também os 17 vereadores que votaram a favor do reajuste da tarifa.
De acordo com a estudante Renata Nunes Oliveira, a população foi às ruas para protestar contra os atuais gestores públicos, vivenciaram cenas de vandalismo, já podem avaliar pequenos avanços após as manifestações, mas poucos hoje se mostram interessados em continuar lutando por mais benefícios. "Parecem que essas propagandas que o estado e prefeitura botam nas ruas estão contribuindo para que o povo esqueça todos os nossos problemas. Pensando nessa possível amnésia quase que geral, decidimos não parar as mobilizações e vamos pro Grito dos Excluídos também", disse. Questionada sobre as promessas de parar a cidade caso a tarifa fosse reajustada, a estudante concluiu dizendo: "Sempre informamos que caso os vereadores e prefeito votassem a favor do reajuste, nós iríamos parar Aracaju e é justamente isso que vocês estão vendo quase todas as semanas".
Organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a manifestação também recebe o apoio de integrantes da Força Sindical, servidores da Universidade Federal de Sergipe (UFS), estudantes, Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Sergipe (Sintese), e de integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) e Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (MOTU). Ciente de uma possível intensificação estrutural dos ‘excluídos’, a segurança na avenida Barão de Maruim – local do evento – será ampliada por parte de diversas companhias da Polícia Militar do Estado.

Igreja – Em coletiva a imprensa, o arcebispo Dom Lessa falou sobre a importância de os grupos sociais lutarem por uma só causa. "É importante estarmos juntos, pois houve avanço. O que vimos nas ruas foi o desejo de toda a sociedade de que aqueles que governam o país se preocupem com os problemas que o povo enfrenta. Acho que esse movimento é forte, pois quando se caminha junto, talvez se possa sensibilizar os poderes públicos e os que estão na base", disse. O encontro oficial dos fiéis que apoiarão a manifestação será às 9h ao lado da Praça da Catedral, centro de Aracaju.
O diretor da CUT/SE, Plínio Pugliesi, também falou sobre o contexto do Grito dos Excluídos em Sergipe e apoiou o ponto de vista de Dom Lessa. "Isso é uma lição para os gestores públicos que ainda resistem em atender ao clamor popular. Mas estas vozes que vêm das ruas já mostraram que não vão se calar. O movimento sindical tem enfrentado a tarefa de reinventar sua luta. E é neste contexto que estamos construindo o 19º Grito dos Excluídos, uma manifestação que tem a missão de potencializar as lutas por melhorias para a educação, para a saúde, segurança pública e para construção de outro projeto de sociedade, um projeto popular", explicou.
Conforme previsto na programação da Secretaria de Estado da Educação (Seed), o ‘grito’ deve pisar na avenida Barão de Maruim por volta das 12h30.

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