Quinta, 23 De Janeiro De 2025
       
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Brasil, cerveja e carnaval


Publicado em 08 de fevereiro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


Um inequívoco símbolo nacional (Divulgação)

Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
 
Barbara adora cerveja. Desde quando suspeitou estar grávida, meses atrás, no entanto, parou de beber. Este será o seu primeiro carnaval de bico seco, em muito tempo.
Ontem, o jornalista Pedro Doria (O Meio) realizou uma breve digressão etílica e econômica sob o pretexto de evocar o marco inicial de seu terceiro casamento: um convite para um chope. A partir daí, ele passou a relacionar uma série de dados sobre as cifras derivadas da produção e do comércio da bebida, além de eleger a tulipa suada e o copo americano dos botecos vagabundos como um inequívoco símbolo nacional.
Eu assino embaixo. Botequeiro convicto, colaboro com a rentabilidade da indústria cervejeira, estandarte festivo da cultura brazuca, com alguns engradados mensais. Sem beber por motivo de força maior, Barbara, a minha companheira, incentiva-me a beber por dois.
Não há carnaval sem cerveja. Não há Brasil sem carnaval. A relaçãoe ntre isso e aquilo, mais aquilo outro, um amálgama do que há de melhor na identidade tupiniquim, a fisionomia caricata de uma alegria miscigenada, com vocação para o batuque mais furioso, sobrevive à onda conservadora com notável desenvoltura, a bem do imaginário pátrio.
Barbara vai passar o carnaval de bico seco, mas já abasteceu a geladeira com o puro malte mais apreciado da casa. Cerveja de gosto forte, amiga de música, do calor e da folia. Confiro o estoque e assovio um samba: Também, sem uma cachaça, lembra Chico Buarque, ninguém segura o rojão.
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