Caixa descarta documento de clientes em sacos de lixo

Milton Alves Júnior

Contribuintes que buscam serviços na agência da Caixa Econômica Federal (CEF) no Conjunto João Alves, município de Nossa Senhora do Socorro, acionaram o JORNAL DO DIA para apresentar preocupação quanto a metodologia de descarte de papeis feitos pela empresa estatal. Conforme denunciado, cópias de documentos pessoais, a exemplo de carteira de identidade e carteira nacional de habilitação – as quais dispõem de nome completo e registro numérico de RG e CPF -, estão sendo armazenadas em sacos de lixo e depositados na calçada da agência.
Na concepção dos denunciantes, a exposição destes dados pessoais permite que criminosos adquiram estes dados e possam desenvolver ações ilícitas. A preocupação está, também na possibilidade de resgate destes documentos.
De acordo com João Silva, um dos leitores que buscou o JD a fim de inibir este tipo de descarte protagonizado pela Caixa no município, o acesso de contrabandistas aos nomes e dados já permite que danos incalculáveis possam ser aplicados sobre pessoas sem quaisquer ligações com o mundo do crime; tomar posse de um documento impresso, conforme destacado pelo denunciante, pode potencializar em maior escala o dano a ser provocado por grupos criminosos. Para João, antes mesmo de direcionar para o lixo possíveis documentos considerados em desuso pelo CEF, é de fundamental importância que todos sejam triturados ou incinerados. Agindo desta forma, ele acredita que esse risco deverá ser cessado.
“Uma atitude simples que pode evitar um ‘problemão’ para essas pessoas que estão tendo os documentos pessoais sendo expostos dessa maneira, na minha concepção, bastante irresponsável. Estou relatando essa situação agora porque presenciei, mas imagine há quanto tempo isso não está acontecendo. Talvez a direção da Caixa nem esteja atenta a esse descarte de documentos assim no lixo; penso em mim, e nos outros clientes, por isso, cheguei a comentar esse assunto com uma atendente do banco. Espero que não volte a acontecer”, declarou.
No final da tarde de ontem o JD buscou ouvir o departamento administrativo da Caixa, em Brasília, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta havia sido concedida.