A carga seria revendida em outros estados(Divulgação)
Cargas roubadas avaliadas em R$ 500 mil são recuperadas
Publicado em 14 de fevereiro de 2025
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Júnior
Uma operação deflagrada em conjunto entre agentes da Polícia Civil dos estados de Sergipe e da Paraíba, resultou na recuperação de uma carga roubada, contendo alimentos não-perecíveis que seriam comercializados de forma clandestina em estabelecimentos localizados em municípios que compõem a região metropolitana de Aracaju. Avaliadas em mais de R$ 500 mil, foi constatado que motoristas de caminhão simularam assaltos para desviar mercadorias e apresentam boletins de ocorrência falsos para justificar o desaparecimento da carga. A ação policial foi realizada na noite da quarta-feira (12), mas divulgada somente na manhã de ontem.
Pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE), foi revelado ainda que parte da mercadoria seria comercializada em outros estados do Nordeste, entre eles, a própria Paraíba. Durante a ação, os policiais encontraram mercadorias provenientes de três ocorrências distintas; duas delas envolviam produtos de um distribuidor de Aracaju, avaliados em cerca de R$ 300 mil. Além disso, foi localizada uma carga de mais de duas mil caixas de biscoitos, roubada em Pernambuco no mês de novembro, avaliada em mais de R$ 200 mil. As investigações permanecem por tempo indeterminado com a finalidade de identificar os envolvidos.
O delegado Hilton Duarte, responsável por coordenar as investigações, destacou que esse tipo de crime é conhecido como “tombo”, uma modalidade que vem crescendo no país. Diferente dos roubos de carga tradicionais, que envolvem violência e uso de armas de fogo, essa prática consiste na simulação de assaltos, o que dificulta a ação policial e permite que os criminosos tenham mais tempo e espaço para repassar as mercadorias. “Agora, vamos apurar o papel de cada um dos envolvidos, ouvir o proprietário do estabelecimento onde os produtos foram encontrados e avançar para identificar o motorista e outras pessoas que possam ser responsabilizadas”, afirmou.