Segunda, 10 De Fevereiro De 2025
       
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Ceasa também passará por adequação


Publicado em 20 de agosto de 2013
Por Jornal Do Dia


Kátia Azevedo
katiaazevedo@jornaldodiase.com.br

Não é somente a comercialização inadequada de alimentos nas feiras livres que preocupa a Vigilância Sanitária Municipal. A Central de Abastecimento do Estado de Sergipe (Ceasa), localizada no bairro Getúlio Vargas, zona norte de Aracaju, também passará por adequação.

As mudanças previstas têm como objetivo corrigir irregularidades na venda de produtos alimentícios da Ceasa, recentemente reveladas em relatório produzido pela Vigilância Sanitária.
Segundo informações da direção da Vigilância Sanitária, o órgão já está agindo e as mudanças no local serão inevitáveis. O relatório já foi concluído e entregue ao Ministério Público Estadual. O documento foi elaborado a partir de informações coletadas durante 12 dias de fiscalização realizada por 17 técnicos da Vigilância Sanitária.

O resultado da vistoria revelou situações críticas de higiene, a exemplo de contêineres de lixo próximos ao local de venda de alimentos, produtos sendo vendidos no chão, além da ausência de pontos de águas para que facilite a limpeza do local.
Além de revelar as dificuldades encontradas, o documento também norteará medidas de orientação aos comerciantes para a adequação do local.

Se a administração da Ceasa não obedecer as indicações de melhorias do relatório no prazo estabelecido, o Ministério Público pode entrar com uma ação civil pública para favorecimento das mudanças.
O relatório apontando falhas na exposição de alimentos foi iniciado no dia 29 de julho, quando houve uma reunião com os fiscais responsáveis pela inspeção. Devido à grande demanda do órgão o documento acabou sendo concluído na semana passada. Agora com a entrega das informações ao Ministério Público, o próximo passo é realizar uma audiência com representantes da promotoria responsável pelo caso, feirantes e a Coordenação da Vigilância Sanitária (Covisa) para buscar um encaminhamento de soluções dos problemas verificados pela vistoria.
"Já entregamos o relatório ao Ministério Público Estadual, com informações detalhadas a exemplo das atuais condições sanitárias da Ceasa, renovação de contratos e outros dados. Faremos também um projeto de adequação do local", informa o coordenador da Vigilância Sanitária, Ávio Britto.

Assim como vem acontecendo com as feiras livres, a fiscalização da Vigilância Sanitária constatou que a Ceasa enfrenta uma série de problemas como a falta de estrutura das bancas, desrespeito às normas sanitárias, a exemplo de má conservação de alimentos, trazendo risco à saúde da população.
Outra ação programada pela Vigilância já foi realizada no início de agosto, quando o órgão realizou uma capacitação com os comerciantes em parceria com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).

Outra medida prevista pela Covisa é a padronização de bancas, que passarão a ser de alvenaria, com revestimento de cerâmicas. Para fazer a mudança, cada comerciante deverá desembolsar R$ 4 mil.
Não é de hoje que a justiça determina a necessidade de mudanças na Ceasa. Em 2010, o Ministério Público Estadual estipulou prazos para adoção de uma solução estrutural que resolvesse o problema de acomodação dos ambulantes que ocupam espaços improvisados nos estacionamentos e a construção de uma caixa d’água suspensa para utilização em caso de incêndios, retirada das barracas de madeiras e reforma na estrutura, mas por falta de recursos as mudanças acabaram não acontecendo.

Principal entreposto de hortifrutigranjeiros do estado, a Central é administrada pela Associação dos Permissionários da Ceasa desde o ano de 1992 e conta apenas com os recursos dos associados, com um rendimento mensal de cerca de R$ 70 mil, que é destinado para o pagamento de funcionários, água, energia e serviço de limpeza.

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