Centrais sindicais protestam contra as terceirizações
Publicado em 06 de agosto de 2013
Por Jornal Do Dia
As mesmas centrais sindicais que realizaram paralisações em todo o país no dia 11 de julho convocaram o dia 06 de agosto contra as terceirizações. O objetivo é fortalecer o novo dia de paralisação nacional agendado para 30 de agosto.
A pauta principal das mobilizações desta terça é em defesa do arquivamento do PL 4330/2004. Esse Projeto de Lei, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB/GO), estende a terceirização para todas as atividades das empresas e do serviço público. "A data chama atenção para o avanço desta forma de trabalho que significa mais precarização das relações trabalhistas", afirma Deyvis Barros, da Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas.
De acordo com o representante da CSP Conlutas o PL 4330 tem como objetivo reduzir os salários e retirar direitos. "O objetivo das empresas é flexibilizar direitos e aumentar a competitividade de seus produtos pagando baixos salários. Não é à toa que o perfil do trabalhador terceirizado é jovem, menos remunerado, feminino e negro, menos sindicalizado e submetido a uma alta taxa de rotatividade e um ritmo estressante de trabalho", disse Deyvis.
Mobilização em Sergipe – Em Sergipe protestos estão marcados para este 06 de agosto. Às 6 horas da manhã o Sindicato dos Petroleiros e a CSP-Conlutas vão para a porta do campo da Petrobras em Carmópolis protestar contra o PL 4330 e os leilões do petróleo. Às 10h, está marcado um protesto unificado entre as centrais em frente à sede da Federação das Indústrias de Sergipe (Fies).
"Vamos para Carmópolis porque a terceirização vem avançando fortemente na Petrobras. De acordo com a empresa, em maio deste ano éramos 455 mil trabalhadores. Destes, 360 mil são terceirizados. Demissões, arrocho salarial, calotes, corte de direitos, sobrecarga de trabalho, acúmulo de funções, assédio moral, aumento no número de acidentes e mortes no local de trabalho, é a rotina da vida desses trabalhadores, que hoje correspondem a 80% do quadro de funcionários da empresa", destacou Gilvani Alves, diretora do Sindipetro AL/SE e do Movimento Mulheres em Luta (MML).
Gilvani ainda ressalta que o dia 6 de agosto é uma preparação para o dia 30 de agosto, quando realmente os trabalhadores irão parar. "Esse novo dia nacional de paralisação tem o objetivo de aumentar a pressão sobre patrões e o governo Dilma pelo atendimento da pauta de reivindicação unitária entre as centrais", conclui.