Quarta, 04 De Dezembro De 2024
       
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Com o pires na mão e a língua de fora


Publicado em 29 de outubro de 2013
Por Jornal Do Dia


Viola de boca é boa de tocar. Os prefeitos sergipanos, assim como todos os outros prejudicados pelo corte no repasse realizado pelo Governo Federal para os municípios, cansaram de ouvir promessas. Ontem, durante audiência pública promovida pelas Associações dos Municípios da Região do Centro Sul (Amurces) e da Barra do Cotinguiba e Vale do Japaratuba (Ambarco), além da Federação dos Municípios de Sergipe (Fames), eles cobraram a participação dos parlamentares na busca de uma solução.

A queda no Fundo de Participação de Municípios realmente é uma pedra no sapato dos prefeitos, sobretudo os que estão às voltas com as consequências da estiagem prolongada, a maior seca dos últimos sessenta anos, como é o caso de pelo menos trinta municípios sergipanos. Os recursos repassados pelo Fundo são a maior fonte de receita da maioria dessas prefeituras.

O governador em exercício, Jackson Barreto, fez questão de comparecer ao ato promovido na Assembléia Legislativa de Sergipe com o pires na mão. "Eu acho que estão eles certos em fazer esse movimento. Há poucos dias os governadores também se reuniram para cobrar da presidente da República políticas que possam ajudar os Estados", lembrou.  "É preciso que os prefeitos gritem para que esse grito chegue até Brasília e possa, assim, melhorar a vida dos municípios brasileiros, particularmente a vida das cidades sergipanas. Estamos aqui para demonstrar nossa solidariedade, nosso apoio em um movimento que consideramos suprapartidários".

A pauta de reivindicações dos prefeitos não poderia ser mais clara: PEC 39 (aumento de 2% do Fundo de Participação dos Municípios); definição do critério de reajuste salarial do Piso dos Professores; aumento do PNAE e recursos do transporte escolar. Agora, resta esperar pela sensibilidade da bancada federal, a última esperança de fazer chegar ao Palácio do Planalto a penúria dos nossos. Mais um pouco, e os prefeitos se arrastam até Brasília com a língua de fora.

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