Comerciários ainda aguardam reajustes salariais da data base
Publicado em 12 de agosto de 2012
Por Jornal Do Dia
Representante dos comerciários e membro da Comissão de Negociação, Ronildo Almeida afirma que a intransigência do setor patronal em negociar com a categoria é repudiada pela sociedade, que acompanha a difícil situação dos comerciários de Sergipe com baixos salários e condições precárias de trabalho. O sindicalista afirma que os empresários do comércio estão se aproveitando desse momento. Ele lembra que o falacioso discurso dos vereadores, que aprovaram a abertura do comércio aos domingos e feriados justificando que a medida iria gerar empregos e outras melhorias para o setor, caiu por terra.
Ronildo avalia que a cada ano está mais difícil o processo de negociação para garantir melhoria salarial aos trabalhadores e condições de trabalho, ainda que os empresários tenham sido beneficiados com incentivos fiscais e outros favores concedidos pelo governo para alavancar as vendas. Não há contrapartida das empresas, como a garantia de empregos, em resposta aos incentivos do governo.
"Esses benefícios concedidos pelo governo aos empresários não chegam para os trabalhadores. Os comerciários esperam negociar a convenção coletiva de trabalho, onde os interesses das partes possam ser acertados. Aqueles que estão impondo dificuldades e oferecendo migalhas aos seus empregados precisam mudar sua visão e passar a ver os trabalhadores como algo a ser valorizado", disse o sindicalista.
Exemplo – A Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Sergipe destaca que os comerciários do município de Tobias Barreto já foram contemplados desde 1º de janeiro de 2012, com piso salarial unificado no valor de R$ 675,00, adicional de 100% de horas extras, gratificação nos feriados, ratificação da Convenção Coletiva de Trabalho anterior, além de outras conquistas. Esse acordo foi fechado entre a Fecomse e o sindicato patronal de Tobias Barreto, enquanto que os presidentes das entidades patronais com sede em Aracaju dificultam o fechamento do acordo.