Sexta, 13 De Dezembro De 2024
       
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Deprimido, policial atira no próprio filho e se suicida


Publicado em 22 de setembro de 2012
Por Jornal Do Dia


O policial civil Paulo Costa Sobrinho, 57 anos, agente do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), cometeu suicídio ao início da noite de anteontem no povoado Areia Branca, no Mosqueiro (zona de expansão). Ele pôs fim à própria vida depois de matar seu próprio filho, o universitário Alexandre Chagas Costa, 25, com um tiro de pistola na nuca. A tragédia aconteceu a poucos metros da residência do agente, quando os dois saíram para caminhar. Segundo a família, Paulo estava com depressão e se programou para fazer consulta a um psicólogo na manhã de ontem.

No momento da tragédia, o agente estava em casa com o filho, a atual esposa, a filha mais nova e uma irmã. O relato é de que Paulo chamou Alexandre para dar uma volta e que ambos andaram por cerca de 200 metros. Sem motivo aparente, o policial sacou a arma e atirou na nuca do filho, que andava à sua frente e morreu na hora. Em seguida, e de forma imediata, ele voltou a pistola contra a própria testa e disparou outra vez, também com morte instantânea. Os tiros chamaram a atenção das mulheres e da vizinhança, que chamou a polícia.  

As mortes causaram choque e tristeza entre familiares e colegas de trabalho, os quais se declararam surpresos com o ocorrido. "Paulo estava lotado há três meses aqui no DHPP. Nós e outros delegados desconhecíamos esse quadro. Ele era uma pessoa calma, educada, tranqüila, não apresentava nenhum quadro de problema emocional. E se nós tivéssemos detectado algum problema desse quadro depressivo nele, ele seria encaminhado a um acompanhamento psicológico", disse a diretora do DHPP, delegada Thereza Simony Nunes Silva, que deve ouvir depoimentos de familiares na semana que vem.

A família confirma que Paulo apresentou mudanças de comportamento nos últimos meses. Junto do corpo, agentes do DHPP encontraram duas cartas escritas de próprio punho pelo policial, sendo uma direcionada à esposa e outra à irmã. O conteúdo delas não foi divulgado, mas a confirmou que as mensagens são de despedida, nas quais o policial pedia perdão à família, deixava recomendações e tentava explicar seu gesto. Os corpos de Paulo – que tinha 27 anos de carreira – e de Alexandre – o qual iria se formar em Engenharia e era o filho mais querido de Paulo – foram velados na manhã de ontem, um ao lado do outro, e enterrados à tarde no Cemitério São João Batista. (Gabriel Damásio)

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