Segunda, 04 De Dezembro De 2023
       
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Desempenho Socioeconômico do Brasil tem aumento de 12,8%


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Publicado em 24 de junho de 2023
Por Jornal Do Dia Se


O Índice de Desempenho Socioeconômico(IDS) do Brasil subiu 12,8% entre 2008-2009 e 2017-2018, períodos das duas últimas edições da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). O indicador saiu de 5,452 para 6,147. Somadas as aquisições não monetárias de serviços, o IDS atinge 6,212, captadas apenas na edição 2017-2018.
As categorias que tiveram mais importância na composição dos efeitos marginais do IDS para o Brasil, em 2017-2018, foram educação e acesso aos serviços financeiros e padrão de vida. Os percentuais ficaram em torno de 19%. Moradia atingiu 16,1% e acesso aos serviços de utilidade pública e saúde e alimentação, cerca de 14% do total dos efeitos marginais observados no resultado deste indicador.
Considerando as aquisições não monetárias de serviços, os maiores IDS no período 2017-2018, ficaram com o Distrito Federal (6,981) e São Paulo (6,878). As menores taxas foram as do Maranhão (4,909) e do Pará (5,108). Os dados fazem parte da?POF 2017-2018: Evolução dos indicadores de qualidade de vida no Brasil, divulgada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Todas as Unidades da Federação tiveram incrementos, sendo os maiores observados em Roraima (32%), e Sergipe (25,8%) e os menores no Rio Grande do Sul (9,1%) e Rio de Janeiro (5,6%).
Segundo o IBGE, a renda não monetária é a soma de todos os valores dos bens e serviços pelos quais a pessoa não precisou pagar. São incluídos aí valores de bens e serviços prestados pelo governo, como os de saúde, e de famílias que têm despesas pagas por um parente, assim como o aluguel estimado.
“Na POF, além de se perguntar por todas as despesas que as pessoas tiveram no período de referência, de produtos e serviços [em] que elas efetivamente desembolsaram dinheiro — por exemplo, pagou uma consulta médica, então, este é um serviço monetário -, mas tem casos em que quem pagou a consulta foi um parente. Isso entrou de forma não monetária, como no caso de uma consulta pelo SUS [Sistema Único de Saúde] em que também não se desembolsa dinheiro”, explicou a analista do IBGE Luciana dos Santos, em entrevista coletiva virtual.
De acordo com a pesquisa, todas as unidades da federação apresentaram ganhos. Roraima (32%) e Sergipe (25,8%) tiveram o maior crescimento e Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, o menor, 9,1% e 5,6%, respectivamente.
Qualidade de vida – Em um período de quase dez anos, a perda de qualidade de vida da população recuou de 0,227 para 0,157. No período entre a POF 2008-2009 e a mais recente, de 2017-2018, o Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV) teve retração de 30,8%. “A variação do IPQV de 30,8%, indo de 0,227 para 0,157, reflete não só a melhora de um grupo, mas de todos os grupos. A redução do índice reflete a melhora tanto para pessoas que tinham perdas elevadas, quanto para as que tinham poucas perdas. Nesse período, a melhora foi praticamente generalizada”, disse o analista da pesquisa Leonardo Oliveira, também durante a entrevista.
No IPQV calculado após a última edição da POF, o índice ficou em 0,183, quando a pessoa de referência era preta ou parda, o que significa queda de 31,4% em relação à pesquisa anterior, e chegava a 0,122, quando ela era branca, o que equivale a retração de 32,3%. Como as taxas dos indicadores caem em patamares parecidas, a desigualdade entre os dois grupos em termos relativos permanece, acrescentou Oliveira.
Apesar das melhoras, houve desigualdades também nos grupos em que a pessoa de referência é mulher (-27,6%) e no que tem como referência o homem (-33,5%). “A melhora no caso do grupo em que a pessoa de referência é o homem é um pouquinho maior”, ressaltou o analista.
A pesquisa mostrou que, ao se observar o comportamento das regiões urbana e rural, a retração da perda agregada aproximou-se do mesmo percentual encontrado para o Brasil. Para a área urbana, o IPQV saiu de 0,205 para 0,142 e, para a rural, de 0,337 para 0,244. “Um destaque adicional é que, apesar da redução da perda, as contribuições para a composição do índice nacional ficaram estáveis no tempo, sendo a contribuição da população que vivia na área urbana em torno de 75% do IPQV. Por outro lado, a população concentrada na área rural manteve sua contribuição em torno de 25%”, informou o IBGE.
Para dar sequência à série de estudos que apuram a qualidade de vida no Brasil, dentro das estatísticas experimentais do IBGE, a pesquisa faz uma análise temporal do tema, baseada no cálculo do Índice de Perda de Qualidade de Vida e do Índice de Desempenho Socioeconômico relativos às edições de 2008-2009 e 2017-2018. Esta é a primeira vez que o IBGE faz a comparação temporal dos dois indicadores que medem a qualidade de vida da população com base em dados das duas últimas edições da POF.
“O IPQV é apresentado por recortes geográficos; variáveis associadas à qualificação para o convívio social e para o ingresso na atividade econômica, como a escolaridade; e variáveis relativas à inserção da pessoa de referência da família no mercado de trabalho. O IDS, por sua vez, é apresentado para o Brasil e as unidades da federação”, informou o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo Pereira, no texto de apresentação da pesquisa.
O IBGE informou que, por causa da relevância e do impacto dos resultados alcançados com o cálculo dos dois índices para a POF 2017-2018, os pesquisadores decidiram ampliar a análise desses indicadores multidimensionais para a pesquisa 2008-2009 e observar a evolução da qualidade de vida da população brasileira entre as duas edições da pesquisa.

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