Dois PMs são acusados de sumir com dinheiro de taxista em abordagem

A Polícia Militar confirmou a prisão de dois militares lotados no Grupamento Especial Tático de Ações com Motos (Getam), que estão detidos desde o dia 3 de março no Presídio Militar (Presmil), em Aracaju. Eles são acusados de terem desaparecido com R$ 22 mil pertencentes a um taxista abordado por eles em setembro de 2021, na Avenida Canal 4 do conjunto Augusto Franco. O caso foi revelado na manhã desta sexta-feira, em uma reportagem do site Fan F1.
Os militares foram recolhidos depois de terem a prisão decretada pela Auditoria Militar do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), a partir da conclusão de um inquérito da Corregedoria da PM. Segundo a reportagem, o taxista tinha saído de casa com cerca de R$ 46 mil, que ele afirma ter juntado ao longo de vários meses para dar entrada na compra de uma casa. A defesa do taxista alegou que estava a caminho do banco para depositar o dinheiro, quando foi abordado pelos dois policiais. Além do dinheiro, o taxista estava com um revólver, que ele alegou ter adquirido para evitar ser assaltado.
Por não ter porte de arma, o condutor foi levado à Central de Flagrantes para prestar depoimento. Ele acabou liberado após pagar fiança de R$ 2,2 mil, mas ao reaver o dinheiro, foram devolvidos apenas R$ 23 mil. O advogado do taxista disse ao site que os oficiais da corregedoria encontraram contradições em depoimentos e tiveram acesso a imagens do circuito interno de segurança da Central de Flagrantes, as quais teriam captado uma movimentação estranha dos policiais detidos ao manipularem os pertences do taxista.
O comando da PM informou em nota que, “ao tomar conhecimento da acusação contra uma equipe de policiais militares, instaurou um inquérito policial militar para apurar os fatos, que após conclusão do presente IPM encaminhou para justiça, a qual decretou a prisão dos referidos acusados, sendo assim cumprido o mandado de prisão, os quais foram recolhidos ao Presídio Militar, aguardando a partir de agora a decisão da justiça competente”. A defesa dos policiais presos já entrou com um pedido de habeas-corpus junto ao TJSE.