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Eleições 2012


Publicado em 06 de outubro de 2012
Por Jornal Do Dia


Simão Dias

Eleitor quer investimentos em saúde e educação

Simão Dias é a cidade que deu mais governadores para o estado de Sergipe, num total de três (Celso de Carvalho, Antônio Carlos Valadares e Marcelo Déda). Nesse período eleitoral, vive o clima de disputa acirrada, tendo como protagonistas o ex-prefeito Zé Valadares (PSB), que busca retornar ao poder, contra Marival Santana (PSC) que quer administrar o município pela primeira vez.

Com 38.702 habitantes e 30.269 eleitores, Simão Dias apresenta uma campanha tranquila, com cada candidato defendendo suas posições e se respeitando dentro do processo democrático. A novidade, em relação às eleições passadas, tem sido a participação intensa do eleitor, diz o morador Pedro Soares, 60 anos.

Para ele, a saúde pública é que tem deixado a desejar, principalmente por conta da falta de médicos no hospital que acabou de ser transformado em um posto de emergência. "A mudança de hospital para UPA (Unidade de Pronto Atendimento), acabou criando mais dificuldades para a população", critica.

O eleitor José Francisco, 38 anos, espera que o futuro prefeito invista mais nas áreas de saúde, educação e segurança. "O município não tem problema com a questão do emprego, por ter uma boa oferta de mão de obra, sendo talvez, um dos melhores municípios nessa questão", relata.

Em período eleitoral, sempre existe um aborrecimento no que se refere ao barulho provocado pelos carros de som, diz o senhor Eraldo Prata, de 72 anos. Ele observa que tem acontecido confusões em Simão Dias, mas a polícia tem buscado colocar ordem.

A proibição de carreatas, determinada pela Justiça, tem ajudado muito a manter o clima de paz durante o período. De acordo com Eraldo Prata, em termos de administração pública, um dos fatores mais preocupantes é a precariedade dos serviços de saúde. "Os moradores são obrigados a se deslocar para o município de Lagarto, em busca de atendimento", queixa-se.

Para o morador José Leal, 55 anos, a cidade está muito violenta, e muitas vezes não se trata de uma violência física, mas sim psicológica. "Vejo gente arrancando cartazes, buscando inibir manifestações, e isso tem transformado esta eleição em um processo pouco democrático", diz.

Para a senhora Nair Leal, 83 anos, a saúde, a educação e a segurança estão dentro da normalidade. Além dela, a pequena Janayna Carvalho, de 10 anos, também concorda que Simão Dias é um bom local para se viver. "A minha expectativa é que venha um bom prefeito e que trate a cidade como se fosse um patrimônio seu, trazendo mais benefícios para a população", disse Janayna, que não desgrudou um só instante da conversa.

Tobias Barreto

Desafio é melhorar a saúde e a qualidade da água

Conhecida nacionalmente como a cidade da confecção e do artesanato, Tobias Barreto terá este ano uma eleição tranquila. Situada na divisa dos estados de Sergipe e Bahia, Tobias tem hoje 48.040 habitantes, sendo 37.598 eleitores.

Na disputa pela prefeitura estão Dilson de Agripino (PT), Popeye (PR) e Pastor Chicão de Tito (PSOL). O petista, que é o atual prefeito, disputa a reeleição na cidade.

"Pelo o que sei, aqui todos se respeitam e o processo transcorre de forma democrática", diz o eleitor Edmário Oliveira, 58 anos. Para ele, o grande problema que o município enfrenta é a questão da má qualidade da água. "A água que vem na torneira não serve para o consumo humano", garante.

 O eleitor aponta também a saúde pública como um dos grandes problemas enfrentados pela população, sendo que o hospital local não atende os casos mais complexos. "A segurança também precisa de uma melhor atenção. Mas com relação à geração de emprego, o município até que é bem atendido", frisa Edmário.

José Nivaldo dos Santos, 53 anos, também diz que o processo eleitoral está tranquilo por ser, segundo ele, uma eleição com praticamente candidato único. Na sua opinião, o candidato da situação leva grande vantagem sobre os demais neste pleito.

Sobre a qualidade da água distribuída nas torneiras, o morador João da Cruz, 50 anos, concorda com todas as criticas feitas pelo povo de Tobias Barreto. "Aqui, praticamente toda a população compra água para beber", confirma.

Estância

Eleitores reclamam das campanhas desorganizadas

Desenvolvida às margens da BR 101 e com um complexo industrial respeitável, a cidade de Estância apresenta três candidatos a prefeito no processo eleitoral deste ano. Estão na disputa o ex-prefeito Carlos Magno (DEM), o deputado estadual Gilson Andrade (PTC) e Marcio Souza (PSOL).

São 64.409 habitantes, com 40.204 eleitores, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral. De acordo com moradores, a disputa eleitoral se mantém acirrada, mas sem confrontos exaltados e sem ofensas.
"A luta é pela ocupação de espaços. Às vezes isso acaba impedindo a população de circular por praças, canteiros, calçadas que são tomadas por placas de candidatos", reclama Eribaldo Siqueira, 48 anos.

Para o eleitor Gileno Santos, 50 anos, a segurança e a saúde têm sido as principais carências do município. "Principalmente o sistema de saúde, por causa da falta de médicos. E quando acontece algo de mais grave é preciso se deslocar para Aracaju", informa.

O morador Reginaldo dos Santos, 48 anos, critica os candidatos devido à falta de respeito com os espaços públicos, principalmente nas praças. "Estão todas tomadas por placas e bandeiras dos candidatos, dificultando a mobilidade urbana, principalmente para as pessoas mais idosas", queixa-se. Com relação ao clima da campanha, o eleitor José Adilson, 43 anos, diz que está tranquilo, mas condena também o número excessivo de placas nas praças e canteiros públicos.

"Além disso, a cidade está abandonada pela atual administração, a saúde não tem médicos, a educação precisa melhorar, a infraestrutura também, e a limpeza pública deixa muito a desejar", reclama.

José Adilson disse esperar que o futuro prefeito organize a cidade, mas espera que o eleitor, no dia da eleição, procure fazer uma melhor avaliação do que venha a ser melhor para a cidade de Estância.

Para João Alberto Santos, 48 anos, a falta de recursos dos candidatos pode ter contribuído para que o pleito apresente essa tranquilidade. "Aqui se vive como marionete, dominado, e não estão dando a atenção devida à orientação do Tribunal Superior Eleitoral, com relação a vida pregressa de cada candidato", lamenta.

Já o morador José Costa, 44 anos, que é servidor público, cobra do futuro prefeito uma maior atenção com o servidor, mais valorização, a implantação do plano de carreira e o respeito ao reajuste anual, já que os servidores estão há oito anos sem esse reajuste em seus salários.

Carmópolis

Atual prefeita é bem avaliada e deve ser reeleita

Com 13.503 habitantes e 12.427 votantes, o município de Carmópolis poderá reeleger no próximo domingo, 7, a prefeita Esmeralda  Cruz (PT) para mais um mandato. É o que aponta as pesquisas de intenção de votos.

A cidade chama a atenção pelo grande número de votantes em relação à população. Além disso, vive como poucos municípios o clima democrático do processo eleitoral. Há uma disputa partidária acirrada, mas com respeito ao processo de escolha e sem qualquer tipo de violência, o que tem orgulhado os moradores da cidade.

Carmópolis tem o maior polo de extração de petróleo do estado. Por esse motivo, possui uma grande arrecadação com royalties da Petrobras, chegando a R$ 3,3 milhões mensais.
Para muitos eleitores, a cidade vive um clima de festa. "Aqui em Carmópolis a eleição está sem graça porque só vai dar Esmeralda, que é prefeita e candidata a reeleição", avalia o morador Jadson Celestino, de 74 anos. Para ele, o que a prefeita Esmeralda fez pelo social nenhum prefeito havia feito.
"Os ex-prefeitos não tiveram a preocupação de buscar dar uma maior atenção ao social", confirma Jadson Celestino. "A diferença da atual administração é o tratamento com a população, além disso ela sabe administrar o dinheiro publico".

Na administração de Esmeralda Cruz merecem destaque também a construção do Hospital Municipal, que está em fase de acabamento, além da construção de mais de 400 casas em pouco mais de três anos de administração. A prefeita tem o apoio do governo do Estado e de várias lideranças politicas.

Trabalho – O estudante de direito Anselmo Amaral, morador de Carmópolis, diz que a atual administração trabalhou muito e é por isso que o povo está com a prefeita Esmeralda, e não com Volney, o candidato da oposição.

Segundo ele, a prefeita melhorou a saúde no município, aumentando o número de médicos no hospital; os programas sociais, a exemplo da bolsa amiga e bolsa universitária; melhorou a distribuição de cesta básica, melhorou a limpeza pública, criou o plano de saúde dos servidores públicos, além de outras melhorias.
Luciano Alves, 53, e Adilson Moura, 56, reconhecem que houve sim, avanços na saúde do município com melhora no atendimento, mas existe uma deficiência muito grande na parte laboratorial. "Diante dos recursos que o município dispõe, poderia oferecer muito mais do que oferece", dizem.
Para eles, o município de Carmópolis também poderia ser um grande gerador de emprego e renda para a população.

Outro fato que chama a atenção é o comportamento de eleitores de candidatos adversários da atual prefeita. Muitos deles concordam que houve avanços implantados pela atual administração.
Algumas pessoas criticam a demora na construção do hospital, mas ao mesmo tempo reconhecem que houve avanços na saúde do município. Com relação ao atraso na entrega de cestas básicas, eles dizem que o problema está no atraso do pagamento aos fornecedores.

Itabaiana

Disputa em Itabaiana envolve apenas dois candidatos

O quarto maior colégio eleitoral de Sergipe, o município de Itabaiana, apresenta apenas dois candidatos na disputa pela prefeitura. Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), são 57.057 eleitores numa população de 86.967 habitantes.

O atual prefeito, Luciano Bispo (PMDB), concorre à reeleição. Seu adversário será Valmir dos Santos Costa, o Valmir de Francisquinho (PR), que tem o apoio da tradicional família Teles de Mendonça.
Com apenas esses dois candidatos, o município de Itabaiana vive um clima acirrado no processo eleitoral. Diariamente, centenas de veículos transitam pelas ruas carregando bandeiras dos candidatos.
Fazer apostas é uma tradição na cidade. Muitos eleitores costumam arriscar alto num pleito como esse. Além de dinheiro, imóveis e até caminhões fazem parte do rol de apostas em Itabaiana.

No entanto, a moradora Maria Emilia Alves Machado, 69 anos, garante que nos últimos anos o processo eleitoral mudou bastante. "Antigamente aqui tudo era resolvido na base da bala. Hoje, os candidatos chegam até a apertar a mão um do outro", observa.

Em relação ao futuro prefeito, Maria Emilia diz que espera mais investimento nas áreas sociais. "No mundo inteiro falta tudo. Falta segurança e atendimento médico, e não é diferente aqui em Itabaiana. É o que mais precisamos no momento", garante.

O eleitor Manoel de Lima, 70 anos, também afirma que a cidade precisa de tudo, mas acredita na sabedoria da população diante das dificuldades. "Se o povo de Itabaiana não fosse trabalhador, a cidade seria minúscula. Mas educação, saúde e segurança é o que o povo mais precisa", garante.

Já o eleitor José Claudio Reis, 45 anos, diz que essa será uma eleição muito disputada, porém tranquila. Para ele, um dos pontos mais carentes do município é a falta de infraestrutura. "Assim como a conclusão das obras. Mas concordo que é preciso mais saúde, mais segurança, mais creches, lazer para tirar os jovens das drogas, além de outras ações de responsabilidade do município".

José Geraldo da Conceição, 58 anos, conhecido como José de Galego, destrincha os pontos que, segundo ele, são os mais necessitados. "Para mim, precisa mudar tudo na segurança, porque os assaltos acontecem a todo instante", diz.

Ele reclama também do setor de saúde pública, por não oferecer o básico à população, e muito menos médicos. "Casos graves tem que ir para Aracaju ou Lagarto", atesta o eleitor. Com relação à educação pública, Geraldo diz que precisa de uma revolução, a começar pela recuperação total do Colégio Murilo Braga, que é da rede estadual.

Laranjeiras

Eleição está concentrada em duas candidaturas

Cidade histórica que fica a pouco mais de 20 quilômetros da capital, Laranjeiras vive um clima de eleição bem disputada, tendo como principais candidatos Juca, do PMDB, e dona Martha, do PSC.

Ela é esposa do ex-prefeito Paulo Hagenbek, que está proibido pela Justiça Eleitoral de participar do processo. Já o candidato Juca recebe o apoio da atual prefeita da cidade, Ione Sobral.

Laranjeiras tem hoje 26.902 habitantes, segundo o IBGE, sendo 18.931 eleitores. As maiores fontes de renda do município vêm dos royalties da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen); da Cimesa e da Nassau, duas fábricas de cimento, além da Usina São José do Pinheiro, produtora de cana de açúcar.
Para os moradores da cidade, essa será uma eleição bem disputada entre dona Martha e Juca. Segundo eles, não há previsão de quem vai sair vitorioso no processo do próximo dia 7 de outubro. "Essa eleição está mais equilibrada por se tratar de dois candidatos fortes", diz Ricardo Matos.

Para ele, o futuro gestor precisará ter uma maior atenção com a educação pública, pois esse tem sido o ponto mais cobrado pela população.

Com relação à saúde pública, a maior critica é a falta de médicos no Hospital. "Independente de quem ganhar a eleição, será preciso uma maior atenção para esse setor", cobra o morador José Dejalma. Segundo ele, a falta de clínicos nos postos de Saúde é uma constante.

O eleitor José Francisco dos Santos, 86, lembra com saudade dos tempos em que "se escolhia um candidato e pronto". "O candidato era fulano e acabou. Hoje é esse povo dos canaviais querendo tomar conta de tudo", aponta.

Curiosamente, o senhor Francisco conta que antigamente não existia compra de voto na cidade. "O que se dava era uma roupa de tecido ruim, um sapato, apenas para a pessoa ir votar, e não era em troca do voto ou como compra de voto", garante.

Já o senhor Eronildes dos Santos, 60 anos, diz que a vida política da Laranjeiras do passado era bem melhor. "Mesmo sendo os candidatos indicados pelos coronéis, era melhor do que as eleições de hoje por não terem os vícios que se tem atualmente", protesta.

Para muita gente, os únicos administradores que fizeram alguma coisa por Laranjeira foram Antônio Carlos Franco e o falecido João da Varzinhas. Essa é a opinião de Manoel Francisco, 57 anos, acrescentando que "hoje a coisa tá ruim".

Para ele, as pessoas são sempre as mesmas. "Tudo farinha do mesmo saco. São os mesmos que querem se eleger, e quando não podem concorrer colocam os parentes", diz Manoel, avisando que não é de ficar acompanhando o processo eleitoral e que o seu candidato é decidido na hora que vai votar.
Para o coordenador Administrativo do Campus da Universidade Federal de Sergipe em Laranjeiras, Gilson Dias, a implantação da instituição no município foi um avanço.

O processo começou em 2007, mas a inauguração aconteceu em 2009 devido ao o processo de restauração do prédio que abriga cinco cursos: Arquitetura, Arqueologia, Teatro, Dança e Museologia.

A UFS em Laranjeiras, denominada de Campus de Cultura, é a terceira do Nordeste, e existem estudos para a implantação de novos cursos.

Para Gilson, a Universidade levou para o município o turismo e isso aqueceu a economia local. Um grande número de estudantes, cerca de 800, se desloca diariamente para o município. Cerca de 8% dos alunos são do próprio município e todos os cursos estão com sua capacidade preenchida.
O Campus tem hoje cerca de 70 funcionários, entre professores e técnicos administrativos.

Lagarto

Clima quente na disputa pela prefeitura de Lagarto

Como em qualquer outra grande cidade interiorana, Lagarto vive 24 horas por dia ligada no clima da eleição. Tradicionalmente, o município sergipano apresenta uma disputa eleitoral acirrada entre os grupos Saramandaia e Bole-Bole, comandados por políticos tradicionais como Jerônimo Reis e Cabo Zé, respectivamente.

Essa relação nunca foi amistosa. No atual processo eleitoral, por exemplo, várias ocorrências já foram registradas em delegacias e no Judiciário. Com 63.143 eleitores num universo de 94.861 habitantes, Lagarto apresenta os seguintes candidatos: Valmir Monteiro (PSC), Lila Fraga (PSDB), Edla Ribeiro (PTN) e Marcélio do PSOL (PSOL).

Valmir é o atual prefeito e conta com o apoio do governo do Estado. Seu opositor mais forte é o candidato Lila Fraga, tendo ainda a candidata Elda Ribeiro correndo por fora na disputa. Todo esse clima faz com que a cidade permaneça em total estado de tensão política.

Para o morador João Evangelista, 68 anos, o que existe na cidade é uma politica com muita bagunça, muita violência, ameaças de todos os lados, quando ninguém respeita as posições alheias. "A coisa só não está pior porque o promotor de Justiça tem buscado tomar as rédeas na cidade", aponta.

O que o eleitor Evangelista espera do próximo prefeito é que ele traga mais tranquilidade para o município, para que a população possa trabalhar de forma mais serena e sem qualquer tipo de perseguição. "De qualquer forma, o prefeito tem que garantir saúde, educação e segurança", diz.

O lagartense José Modesto, 64 anos, diz que a atual administração municipal só começou a melhorar agora na reta final do seu mandato. Segundo ele, é preciso uma maior atenção com a saúde e a rede de esgoto. "Já a limpeza pública teve uma melhora significativa, principalmente com relação à coleta do lixo", garante.
A falta de médicos no hospital da cidade é apontada como problema crucial, segundo a queixa do morador Vivaldo Ferreira dos Santos, 63 anos. Essa opinião é respaldada por Humberto Sandes, 59 anos. "Espero que se faça algo pela população, principalmente com relação a saúde pública, onde falta médicos e medicamentos".

A cidade de Lagarto conta hoje com um importante hospital regional construído recentemente pelo governo do Estado, mas nem isso ameniza a insatisfação dos moradores. "Faltam médicos e remédios", diz Derivaldo Lourenço Invenção, 57 anos. Ele também cobra mais investimentos no município para favorecer a geração de emprego e renda.

São Cristovão

Eleitores não confiam nos candidatos a prefeito

A quarta cidade mais antiga do Brasil e a primeira capital do Estado, São Cristóvão, vive um clima político conturbado e cheio de incertezas. Nos últimos anos as administrações municipais apresentam vários problemas com a Justiça, o que tem aumentado a descrença dos seus moradores.

A cidade detém o título de Patrimônio Histórico da Humanidade, conquistado em agosto de 2010. De acordo com o IBGE, o município tem 78.864 habitantes, com 48.595 eleitores.

Para Edvaldo dos Santos, 57 anos, a saúde tem sido o principal problema de São Cristóvão, principalmente quando se tem um hospital que está em reforma há mais de cinco anos e até o momento não teve as suas obras concluídas.

A falta de segurança tem sido um outro ponto que tem deixado a desejar no município, assim como a educação pública. "Esperamos que o próximo prefeito que ganhar a eleição resolva esses problemas", diz o morador.

Segundo Edvaldo, em comparação com o passado, as coisas em São Cristóvão pioram muito nos últimos anos. Ele lembra que o município tinha duas fábricas de tecido, sendo que uma fechou há cerca de 40 anos e a outra em 1981.

Moradores atestam que a cidade de São Cristóvão não tem esgoto sanitário. "Eu estou perdendo o prazer de votar pela falta de compromisso dos políticos", diz Maria Luiza de Oliveira Vargas, 86 anos. Ela mora em São Paulo, mas está passando férias em São Cristóvão, na casa de um irmão.

Para o senhor José Meireles, 87 anos, as promessas dos políticos não estão mais empolgando o povo de São Cristóvão. "A diferença é muito grande. Eu trabalhava como cabo eleitoral de Augusto Franco e se trabalhava muito, mas por gosto", diz, sustentando sua decepção com os políticos atuais.

"Aqui falta um prefeito bom, que faça alguma coisa, que traga emprego. Hoje quem não trabalha na Prefeitura e quem não é aposentado, vive da maré", argumenta Izabel Batista, 75 anos, que também reclama da falta de médico e de remédios no posto de saúde.

Sem esperança – Para Gilson Nascimento Silva, 55 anos, o processo eleitoral no município tem sido normal, até porque, não vai melhorar nada. "Todos os políticos são sujos. É uma cidade que não tem certidão negativa, como vai melhorar?", questiona.

"Como pode alguém assumir uma administração já devendo? Como pode fazer alguma coisa?", pergunta o eleitor.

Com relação ao Mosqueiro, onde existe uma disputa entre Aracaju e São Cristóvão, Gilson defende que a região fique com Aracaju por entender que seu município não tem condições de administrar a área em questão.

Ele também faz criticas a administração do governador Marcelo Déda (PT), acusando-o de destruir tudo o ex-governador João Alves filho (DEM) fez na cidade. "Aqui existia uma seresta que gerava emprego e renda, e o atual governo acabou, assim como o Trem Turístico, o Catamarã, a Bica dos Pintos, e um hospital que está há mais de quatro anos em reforma".

Propriá

Campanhas foram realizadas em clima de tranquilidade

Um dos principais municípios da região do Baixo São Francisco, Propriá, apresenta uma das eleições mais disputadas do interior sergipano. São três candidatos no pleito: Zé Américo (PSC), Paulinho Campos (PT) e Paulo Cesar (PSDB). Todavia, apenas os dois primeiros apresentam chances de vitória na eleição deste domingo, 7.

O município, segundo o IBGE, tem hoje 28.457 habitantes, com apenas 18.259 eleitores. De acordo com os moradores, a disputa voto a voto faz com que nenhum dos candidatos ‘cante vitória antes do tempo’. No entanto, a empolgação do eleitorado é visível nas ruas.

"Mas tá tudo tranquilo e sem qualquer violência. Dentro do que se espera do processo democrático", diz o eleitor Charles Francisco de Souza.
Segundo ele, o ambiente de empolgação de um lado e do outro não tem levado até o momento a nenhum clima de hostilidade por parte dos eleitores.

Com relação às carências no município, Charles Francisco destaca a falta de emprego na cidade, o abandono na área da saúde, a educação que poderia ter uma melhor atenção. "Acredito que com a vinda do IFS para Propriá, a educação poderá ter um salto de qualidade", diz.

O eleitor de Propriá cobra também mais ação na segurança pública, apesar de admitir que a cidade é tranquila. "Mas temos um efetivo pequeno, considerando que aqui existe um Batalhão Regional", cobra Charles.

No município, há jovens que não se empolgam com o processo eleitoral. Segundo Felipe Prado Gomes, 29 anos, o problema está nas coligações partidárias. "São pessoas que ontem criticavam umas às outras, e hoje estão juntas, acabando com a ideologia politica no município", disse. "Acredito que não exista uma participação mais ativa do eleitor devido às arrumações partidárias".

Com relação às carências do município, Felipe aponta a necessidade de mais segurança, infraestrutura, saúde, educação, e que o futuro prefeito trate a Prefeitura com mais responsabilidade e aplicação correta dos recursos.

Ele espera também que o futuro administrador de Propriá esteja disposto a trabalhar e que apresente uma política voltada para o Turismo, diante do potencial que tem o município ribeirinho. "Isso pode ser muito bem explorado", acredita.

Outro pedido do eleitor diz respeito ao comércio da cidade. O jovem Felipe cobra uma atenção especial para este setor e sugere que o prefeito busque criar uma parceria com o CDL, para que haja um aumento nas vendas, e, consequentemente aumento da arrecadação para o município. "É preciso que haja geração de emprego e renda".

Alguns admiradores do atual prefeito da cidade acreditam que basta a administração continuar trabalhando do jeito que está, que tudo vai dar certo. "Eu defendo um prefeito que não persiga ninguém, que pague em dia o salário dos servidores, e que dê continuidade ao que vem sendo feito, que busque a geração de emprego e renda", adianta Gualberto Santos Costa, 58 anos.

Essa opinião é compartilhada por Cid Morais, 48 anos, que ressalta também a tranquilidade no processo eleitoral de Propriá. "Está tudo dentro do esperado. Tranquilo como deve ser", garante o eleitor.

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