Em quatro meses de vendas, Cajucap repassou apenas R$ 45 mil para Apae
Publicado em 28 de novembro de 2014
Por Jornal Do Dia
Milton Alves Júnior
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br
Com a suspensão da venda de bilhetes do titulo de capitalização CajuCap, a direção da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), instituição beneficiada com parte das vendas destes bilhetes, visualiza possíveis dificuldades para manter as unidades instaladas no Estado de Sergipe. Contemplada desde o último mês de junho, a Apae Aracaju recebeu cerca de R$ 45 mil que serviram para qualificar a estrutura física da ONG. Com 46 anos de fundação, a Apae atende mais de 300 crianças que necessitam de cuidados diferenciados. Desta vez, a suspensão foi determinada pela Superintendência Nacional de Seguros Privados (Susep), ligada ao Ministério da Fazenda, em virtude de possíveis fraudes nacionais.
Mesmo sem nenhum indício de irregularidade em Sergipe até o momento, a suspensão por 90 dias corridos em todos os estados nordestinos faz com que o presidente da Apae/Aju, Max Santos, esteja preocupado com o futuro assistencial desta instituição. O representante garantiu que uma reunião nacional deve ocorrer já nos próximos dias para evitar transtornos administrativos em um futuro próximo. Max quer agilidade nas investigações para que o título volte a funcionar nas regiões onde não sejam detectadas suspeitas.
"Foi uma surpresa para todos nós sergipanos, principalmente nós da Apae e para todos os clientes que sempre sonharam em ser agraciado com um dos prêmios sorteados. Esses 45 mil nos ajudaram a reformar parte do prédio onde as crianças são atendidas da forma que elas merecem. O apoio solidário serve muito também para os pais", disse. Na semana passada foi realizada em Florianópolis, capital de Santa Catarina, uma congregação brasileira na qual foi eleita a presidência nacional da Apae. Passado esse processo de votação, a expectativa agora é para o local, data e horário de quando será realizada a reunião para tratar do retorno desses títulos de capitalização que beneficiam diretamente as instituições.
"Estamos esperando que já na semana que vem a gente possa debater esse assunto e tentar agilizar o retorno desse apoio. Todo o dinheiro doado não é utilizado para pagar funcionários, mas tem nos ajudado muito a adquirir produtos alimentícios, alguns medicamentos e reformar o prédio. A reforma está em andamento e será essencial para a acessibilidade de todos", afirmou o presidente. Entre as reformas promovidas está a readequação de banheiros masculinos e femininos, instalação de corrimões, rampas, instalação de pisos antiderrapantes e fortalecimento das estruturas. "Hoje estamos conseguindo realizar sonhos que só foram possíveis graças as ajudas dos voluntários e do Cajucap. Por isso estamos na torcida pela volta dele", pontuou Max Santos.
Nota – Em comunicado oficial, o Cajucap informou que devido a decisões administrativas da SUSEP, os sorteios de títulos de capitalização de modalidade popular em todo território brasileiro precisarão se readequar às novas regulamentações para continuidade de seus sorteios semanais. "Em razão disso, a comercialização do nosso título deixou de ser realizada em todos os pontos por um prazo máximo de 90 dias. Esta decisão atende exclusivamente a uma determinação administrativa da Susep e Capemisa Aplub Capitalização", esclareceu. A empresa divulgou que com mais de três anos de existência, já entregou mais de três mil prêmios a contemplados em todo o Estado, gerando empregos e "principalmente beneficiando a diversas entidades a exemplo da própria Apae, e GACC-SE".