Enfermeiros fazem reivindicações

Kátia Azevedo
katiaazevedo@jornaldodiase.com.br

A terça-feira foi um dia de paralisação para os profissionais de enfermagem que atuam na rede de atendimento municipal de Aracaju. Além da suspensão dos serviços, os trabalhadores realizaram um ato público na Praça Fausto Cardoso, no Centro da cidade.  Durante toda a manhã, os enfermeiros prestaram atendimento à população com ações de saúde incluindo aferição de pressão arterial e teste de glicemia. A iniciativa integrou a agenda de protestos da categoria que reivindica melhorias nas condições de trabalho e acessos a benefícios laborais.

De acordo com a direção do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEES), a paralisação contou com a participação de 68 profissionais de ambulatórios e do Programa Saúde da Família. "Mantivemos 30% do efetivo atuando nas urgências e emergências", informou Gabriela de Carvalho Lima Pereira, 2ª Secretaria da SEES.

Ela explica que as pautas de reivindicações da categoria incluem além de melhores condições de trabalho como acessos a medicamentos e equipamentos nas unidades de saúde, a incorporação de vários direitos trabalhistas que a categoria vem negociando com a prefeitura desde o ano passado.
"Queremos a incorporação de gratificação por desempenho que atualmente só é concedida para os médicos da rede. Sobre este assunto já houve reunião com a Secretaria Municipal de Saúde e categoria, mas não houve avanço. A sugestão do órgão foi a de que os enfermeiros definissem um critério para acessar o benefício, entretanto o nosso entendimento é o de que as regras são as mesmas adotadas para a classe médica", explica.

Ainda de acordo com Gabriela, outras pautas reivindicadas pelos enfermeiros estão pendentes, a exemplo da desigualdade salarial envolvendo enfermeiros que atuam na rede de urgência e em outros setores das unidades de saúde da capital. "Neste aspecto, defendemos a revisão da tabela salarial, buscando uma isonomia", acrescenta.

Outra pauta dos enfermeiros é a retomada do pagamento de internível para 5%. "Com a nova lei que entrou em vigor, o índice foi reduzido para 4%", revela.
Atualmente a rede pública de saúde de Aracaju possui cerca de 300 enfermeiros responsáveis pelo atendimento nas 48 unidades espalhadas pela cidade. Amanhã, 16 de outubro, a categoria fará uma assembleia no sindicato, às 14h30.