Na unidade de saúde, a jovem alegou ter sido abusada sexualmente pelo médico, no momento em que ela era atendida.
Entidades cobram apuração rigorosa sobre médico acusado de abuso sexual
Publicado em 20 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Júnior
Em nota pública compartilhada durante todo o dia de ontem, a direção do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), defendeu que a prefeitura de Aracaju provoque a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE), sobretudo o setor de inteligência, investigação e proteção aos grupos vulneráveis, para que haja uma apuração minuciosa contra o profissional da medicina que está sendo acusado de abuso sexual. As denúncias indicam que uma adolescente de 16 anos foi vítima do médico durante atendimento realizado na última quarta-feira (17), no Hospital Fernando Franco, localizado no conjunto Augusto Franco. O inquérito deve ser coordenado por profissionais da Polícia Civil.
Conforme destacado na edição de ontem do JORNAL DO DIA, a Segurança Pública, por intermédio direto da Delegacia Especial de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Deacav), já abriu inquérito policial para investigar a denúncia de abuso sexual. De acordo com a pasta administrativa, as medidas foram imediatamente adotadas assim que a polícia tomou ciência dos fatos. Quem está presidindo o inquérito policial é o delegado Ronaldo Marinho. Pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) foi informado que o profissional envolvido na denúncia de abuso sexual foi afastado das respectivas atividades até que a Polícia Civil conclua as investigações. Sem apresentar detalhes do processo de apuração, a Deacav declarou apenas que testemunhas começaram a ser ouvidas.
O posicionamento oficial do Sindicato dos Médicos deixou claro que: “enquanto entidade [de representatividade legal da classe dos profissionais da medicina] é veementemente contra qualquer tipo de violência. Informamos ainda, que é extremamente importante que o Estado venha a dar toda assistência a usuária, com resguardo de sua imagem, realização de exame médico laboratorial junto ao Instituto Médico Legal e auxílio inclusive psicológico que o caso pode vir a requerer. Por fim, é necessário que seja instaurado inquérito policial para rigorosa apuração dos fatos, a fim de possibilitar ao Poder Judiciário, após o contraditório a ampla defesa, definir sobre existência ou não do fato criminoso.” No início da tarde de ontem foi a vez do Conselho Regional de Medicina se manifestar.
De igual modo ao perfil de colaboração apresentado pela prefeitura da capital sergipana, a direção do CRM Sergipe garantiu que segue à disposição dos investigadores para apurar todos os detalhes que envolvem a denúncia. Na opinião do CREMESE, é de fundamental importância que todas as partes envolvidas sejam duramente ouvidas, a fim de fazer valer a verdade. A disposição em colaborar com as análises foi apresentada também de forma oficial junto à Secretaria de Saúde do Município e a Delegacia Especializada de Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas. “Também iremos adotar todas as medidas necessárias para apurar as responsabilidades e aplicar as penalidades cabíveis”, destacou o Conselho Regional de Medicina.