Equipes da PM aumentam abordagens a taxistas

A Polícia Militar aumentou as abordagens a taxistas assim que o aumento dos assaltos foi constatado pelo setor de estatísticas do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). O comandante de Policiamento da Capital, coronel Jackson Nascimento, disse que as abordagens são incluídas nas atribuições diárias de todas as equipes de rua da corporação na capital. "Desde que nós assumimos, nós determinamos a todas as guarnições que façam pelo menos 10 abordagens a táxis durante o serviço. Tenho pelo menos 80 guarnições na rua por turno, o que dá em torno de 1.600 abordagens por dia", disse oficial, estimando que mais de 5 mil abordagens já foram realizadas.

Esse trabalho da polícia, no entanto, não é considerado o suficiente para forçar uma queda nos assaltos, pois, segundo Jackson, há crimes que não podem ser evitados. "O próprio caso do taxista que morreu ("Bigode") é um exemplo. É um crime que já estava premeditado e que as mulheres se comportaram como passageiras. Mesmo que fizéssemos blitze em todo trajeto do Augusto Franco até o Santa Maria, talvez a PM não teria podido evitar esse crime, mas estamos fazendo nossa parte", admite o coronel, ao considerar que a quantidade de assaltos à categoria em Aracaju ainda pode ser considerada menor que o registrado em outros estados.

Sobre a forma como as abordagens são feitas pelos policiais, o comandante do CPMC defendeu que os taxistas que estejam sozinhos nos veículos também sejam abordados, pois segundo ele, "pode acontecer de ser um marginal estar dirigindo o carro roubado de um taxista ou que o mesmo esteja levando a vítima no porta-malas". O coronel disse também que tem conversado constantemente com taxistas e com o sindicato da categoria, o que ajuda na troca de informações e na melhoria do policiamento. (Gabriel Damásio)