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Estudo investiga bactéria do moko da bananeira em Sergipe


Publicado em 17 de maio de 2013
Por Jornal Do Dia


O fruto com a doença moko da bananeira

O projeto de pesquisa de pós-doutorado desenvolvido pelo fitopatologista e bolsista da Capes, Christtianno Rollemberg, sob co-orientação da pesquisadora Dulce Warwick, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju), irá investigar a bactéria Ralstonia solanacearum raça 2, agente causal do moko da bananeira.

Realizado através de bolsa da Capes, em parceria com o Governo do Estado de Sergipe, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE) e da Universidade Federal de Sergipe (UFS) pelo Programa de Apoio ao Pós-Doutorado no Estado de Sergipe, o estudo tem foco na detecção, diversidade e controle alternativo da bactéria, considerada uma das mais danosas do mundo para diversas culturas.

Rollemberg pretende detectar e isolar o agente para estudar sua variabilidade patogênica e genética e esclarecer a identidade da bactéria em Sergipe. O bolsista pretende, ainda, estudar o controle do moko da bananeira utilizando método alternativo visando subsidiar programas de controle da doença no estado, onde a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que realiza monitoramento desde 1987, verifica sua ocorrência nos municípios de Neópolis e Propriá, no território do Baixo São Francisco Sergipano, importantes áreas de produção de banana.

O projeto, com duração de três anos, irá detectar bactéria na água de irrigação e em insetos presentes na cultura, como a abelha arapuá (Trigona spinnipes), estudar a sua diversidade e ainda buscar desenvolver um controle alternativo por meio de uso de óleos essenciais. "Pretendemos observar se o óleo em si possui algum princípio ativo que seja bactericida ou bacteriostático, e também verificar se o óleo será capaz de agir como um indutor de resistência da planta à bactéria", explica Christtianno.

Um fato curioso observado em Sergipe, segundo o fitopatologista, é que o moko da bananeira tem acometido principalmente as flores e frutos da planta, diferentemente do que ocorre na Amazônia, por exemplo, onde a doença evolui a partir do rizoma (espécie de caule da bananeira) para a parte aérea.

Coordenado pelo professor do Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas da UFS (NEREN), Luis Fernando Ganassali de Oliveira Junior, o projeto tem apoio de diversas instituições e pesquisadores. A Embrapa auxiliará nos trabalhos de campo e coleta de material, a Emdagro fornecerá o cadastro com a identificação das áreas de ocorrência, e a UFS realizará as análises laboratoriais.

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