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Garis e margaridas fazem protesto em Aracaju


Publicado em 21 de outubro de 2014
Por Jornal Do Dia


Os garis que fazem a limpeza da cidade querem reajuste salarial

Milton Alves Júnior
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br

Funcionários da empresa Torre, que trabalham diariamente recolhendo o lixo dos aracajuanos, realizaram na manhã de ontem mais um ato público com o propósito de exigir melhorias imediatas para todos os profissionais que prestam serviço para a Prefeitura de Aracaju. Durante a manifestação que durou aproximadamente duas horas, os profissionais reivindicaram, por exemplo, imediato reajuste salarial, inclusão de plano de saúde com direito a cobertura odontológica, repasse de ticket alimentação, e cesta básica com direito a café da manhã para todos os trabalhadores que iniciam os serviços no período matutino. A manifestação teve o apoio do Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza Pública e Comercial do Estado de Sergipe (SindeLimp).

Conforme explicações da direção sindicalista, todos os dias dezenas de trabalhadores estão em contato direto com toneladas de lixo orgânico e inorgânico, e precisam em caráter emergencial de um acompanhamento médico mais eficiente em virtude das doenças que são adquiridas ao longo dos meses. De acordo com Reivanderson Fernandes dos Santos, presidente do SindeLimp, a pauta de reivindicação apresentada na manhã de ontem é de total conhecimento dos gestores públicos e empresarial, mas por motivos não declarados, os anseios da categoria foram minimizados. Cerca de 80 pessoas participaram da manifestação.

Analisando um possível descaso público junto ao pedido destes trabalhadores, Reivanderson não descarta a possibilidade de uma paralisação por tempo indeterminado. "Já chegamos ao limite de espera por alguns benefícios que realmente são essenciais para a saúde de todos. Trabalhamos nada mais nada menos do que com lixo e sequer um plano de saúde temos direito. Na manhã de ontem fizemos essa pequena manifestação na porta da empresa, aproveitamos para realizar uma assembleia e iremos entrar em greve sem data certa para voltar às funções se por um acaso nossa pauta não for aceita. Estamos dispostos a negociar as reivindicações, espero que eles também estejam", declarou.

Durante a aglomeração realizada na sede da Empresa Torre, parte do grupo era de apoio por uma deflagração de greve já nas próximas 24h, respeitando assim a determinação legislativa. Entre os funcionários estava João Paulo que, insatisfeito com a situação, enaltece a necessidade de cruzar os braços em curto prazo. Só assim, segundo ele, os benefícios exigidos podem ser garantidos. "Não podemos esperar mais porque já esperamos muito e até agora nada. Depois vem a direção ai da empresa dizendo que não sabia da nossa insatisfação. Como o presidente achou melhor segurar a greve, fomos de acordo, mas podemos sim garantir que esse ato de hoje serviu para mostrar nossa união e desejo de parar as atividades", disse.

Negociações – Responsável por intermediar as negociações, o gerente de contrato da Torre, José Carlos Dias, informou aos veículos de comunicação que a direção da empresa foi surpreendida com a realização do ato. Segundo o gestor, a surpresa foi possível em virtude de na última sexta-feira, 17, ter ocorrido na Torre uma homologação onde nenhum representante da direção do SindeLimp emitiu qualquer pauta de reivindicação da categoria ou buscou realizar qualquer tipo de diálogo prévio. Essa possível omissão dos sindicalistas, apresentada pela empresa, pode estar interferindo no atraso dos benefícios reivindicados.

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