Sexta, 17 De Janeiro De 2025
       
**PUBLICIDADE
Publicidade

Governadores vão STF contra alíquota única do ICMS sobre combustíveis


Publicado em 15 de março de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Foto: Marcelo Casal Jr/ABr

O presidente Jair Bolsonaro sancionou sem vetos a Lei Complementar 192/22, que prevê a incidência por uma única vez do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, inclusive importados, com base em alíquota fixa por volume comercializado.
A nova lei foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na sexta-feira (11). Além das mudanças no ICMS, principal tributo estadual, o texto também altera os federais PIS/Pasep e Cofins, prevendo a isenção sobre combustíveis em 2022.
A norma é oriunda de substitutivo do Senado ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/20, do deputado Emanuel Pinheiro Neto (PTB-MT), aprovado pela Câmara na semana passada. As novas normas alcançam gasolina, álcool combustível, diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo, inclusive o derivado do gás natural. O querosene de aviação ficou de fora.
Em vez de um percentual sobre o preço, as alíquotas incidirão sobre a unidade de medida (litros, por exemplo) e serão definidas por meio de decisão unânime do Conselho de Secretários Estaduais de Fazenda (Confaz), de modo que não haja ampliação do peso proporcional do tributo no valor final ao consumidor.
Atualmente, o ICMS varia nos estados e no Distrito Federal. Na média das regiões metropolitanas, a alíquota é de 14% no diesel e 29% para a gasolina.
Exclusivamente para o diesel, enquanto não ocorrer a mudança proposta, a base de cálculo da alíquota atual será a média móvel dos preços médios praticados ao consumidor final nos 60 meses anteriores à sua fixação. Essa regra transitória valerá até 31 de dezembro de 2022 em cada estado e no Distrito Federal.
A média móvel sofre atualização constante porque é calculada a cada momento, descartando dados mais antigos e acrescentando os mais recentes.
Os governadores não aprovam a nova regra e prometem um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando perda de receita. O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do Consórcio Nordeste, defende a capitalização de um fundo de equalização dos combustíveis, que, segundo ele, poderia fazer o preço do litro da gasolina cair para R$ 4,50.
A criação desse fundo está em análise no Senado, por proposta do senador Rogério Carvalho (PT-SE), mas não tem prazo para votação, porque a bancada ligada ao presidente Jair Bolsonaro (PL) é contra.

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade