FOLHETOS E EQUIPAMENTOS APREENDIDOS COM O FALSO AGENTE DE VIAGEM, QUE PROVOCOU UM PREJUÍZO DE R$ 100 MIL A VÁRIAS PESSOAS (Divulgação/SSP)
Preso investigado por vender falsas viagens; o prejuízo é de R$ 100 mil
Publicado em 26 de setembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Jùnior
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Foi conduzido na tarde de ontem para a 4ª Delegacia Metropolitana (4ª DM), em Aracaju, um homem – de identidade não revelada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE), acusado de comercializar pacotes promocionais de viagens falsas. Pela superintendência da Polícia Civil foi confirmado que o autor do suposto crime esteve na mira da apuração policial coordenado por peritos lotados na Divisão de Inteligência (Dipol) e da Delegacia de Turismo (Detur); estima-se que o montante golpista ultrapassa 100 mil reais de prejuízo às vítimas. O mandado de prisão já havia sido protocolado pelo Poder Judiciário, mas o acusado não foi inicialmente encontrado; indicado como foragido, ele foi encontrado no conjunto Orlando Dantas.
Pela delegada Carina Rezende, foi confirmado que desde o final do ano passado a 4ª DM passou a registrar boletins de ocorrência sobre o cancelamento injustificado de pacotes na iminência da data marcada para viagens. Ao menos em 30 ocorrências registradas ficou constatado que vouchers eram emitidos sem que houvesse indicativo de companhia aérea, de voo, de hotel; as pessoas pagavam com antecedência e na iminência, ele informava o cancelamento sem restituir a quantia recebida. Na tentativa de evitar denúncias imediatas aos órgãos de fiscalização ligados à Segurança Pública, o investigado convencia as vítimas a assinarem uma suposta declaração de dívida que a empresa teria com o cliente.
Ao convencer as vítimas, o investigado mudava o nome da empresa e da razão social. Acreditando que estava sendo investigado, o homem decidiu passar uma temporada fora do estado de Sergipe. “Quando começava a ficar em falta com os clientes, ele mudava a razão social. Atualmente, ele já estava operando a suposta agência de viagens com outro nome. Essas viagens já estavam sendo comercializadas com um novo nome de agência; ele fugiu de Aracaju e, mesmo sabendo da investigação, continuou atuando com a oferta de viagens no Rio Grande do Norte”, destacou a delegada. A pena básica para um crime de estelionato é de um a cinco anos de reclusão, bem como a aplicação de uma multa.