Com o fim da interdição ética, Nestor Piva volta a funcionar plenamente
Hospital Nestor Piva volta a funcionar normalmente
Publicado em 15 de janeiro de 2019
Por Jornal Do Dia
Milton Alves Júnior
Depois de 14 dias com as atividades suspensas, no início da tarde de ontem uma comissão do Conselho Regional de Medicina (CRM) desinterditou a ala ortopédica Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nestor Piva, na zona Norte de Aracaju. Conforme informado na última sexta-feira, 11, ao JORNAL DO DIA, na manhã dessa segunda-feira os fiscais retornaram à unidade acompanhados de gestores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), quando decidiram adotar o processo de concessão ética. Com o mais novo aval, todas as atividades prestadas pelo Nestor Paiva estão novamente à disposição dos usuários do Sistema Único de Saúde.
Alvo de sucessivas críticas ao longo das últimas duas semanas o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, utilizou as redes sociais para se manifestar sobre a normalização dos serviços no Nestor Piva. Segundo o chefe do poder executivo: "depois de uma semana de luta, de disposição de todos da Secretaria Municipal de Saúde de resolver o problema e de, principalmente, garantir o atendimento à população, o Nestor Piva acaba de ser desinterditado pelo Conselho Regional de Medicina". Ainda de acordo com o prefeito, a perspectiva é que o sistema seja de imediato normalizado e nenhum aracajuano fique sem atendimento, precisando, assim, seguir para o Hospital de Urgência de Sergipe.
"Agora, com a volta do funcionamento do setor de ortopedia, os aracajuanos voltam a ter acesso a todos os serviços de urgência ofertadas na unidade", finalizou. Apesar da comemoração publicado por Edvaldo, a vice-presidente do CRM, Rika Kakuda, disse ao JORNAL DO DIA que nada impede que uma nova ação de interdição ética seja aplicada contra a administração da capital sergipana. Essa suspensão pode ocorrer caso os serviços necessários – os quais garantam condições básicas de trabalho e valorização dos profissionais -, não sejam efetivamente aplicados pelo município. Kakuda garantiu que permanecerá realizando vistorias periódicas.
"Essa é uma solução parcial, o número de médicos ainda é insuficiente para a demanda das UPAs, e com o Fernando Franco fechado, a demanda do Nestor Piva vai aumentar, então precisam adequar. Nossa luta vai continuar, não termina só com escala médica. Vamos cobrar insumos, equipamentos, ver se o trabalho do médico está sendo adequado e se a população é atendida da maneira correta", declarou.