Sexta, 07 De Fevereiro De 2025
       
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Igreja não pode transmitir missas por sistema de som


Publicado em 09 de maio de 2019
Por Jornal Do Dia


 

Por decisão do Ministério Público Estadual (MPE), a Igreja Matriz de Santo Antônio e Almas, no município de Itabaiana, região Agreste de Sergipe, não mais poderá transmitir as missas por meio do sistema de som instalado na torre do templo. A medida foi dotada após a um vizinho da igreja ter se direcionado ao órgão estadual de fiscalização a fim de criticar e denunciar o volume diariamente emitido pelos autofalantes. De acordo com as alegações do denunciante, a transmissão externa estaria indo de contra à Lei do Silêncio, quando um cidadão se sente incomodado pela sonorização. Houve ainda críticas ao som interno da igreja.
Paralelo à decisão judicial de suspender a transmissão externa, uma equipe do próprio MPE tem visitado a igreja com a proposta de analisar in loco, os decibéis emitidos pelos autofalantes instalados na área interna da igreja. A Prefeitura de Itabaiana, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente também tem acompanhado a medição do volume. Por meio das redes sociais a direção da igreja utilizou uma citação bíblica para enaltecer que: ‘Bem-aventurados os perseguidos por causa da Justiça, pois deles é o Reino dos Céus’ (Mateus 5,10). Por se tratar de uma cultura herdada há décadas, a decisão judicial divide opiniões entre os populares.
Semelhantemente a outros estados do Nordeste brasileiro, em Sergipe é tradição na maioria dos 71 municípios distantes da Região Metropolitana transmitir celebrações de missas por meio de autofalantes instalados estrategicamente em ambientes externos das igrejas. Nesses casos é possível se deparar com populares os quais optam por sentar nos bancos das praças ou portas de casas para acompanhar as atividades religiosas. "Se tem direito de reclamar, tudo bem, respeito, mas não seria viável antes de buscar o Ministério Público, tentar conversar com o padre? Acho que seria mais interessante porque as missas são rápidas. Talvez baixar o volume seria mais sensato", declarou o fiel Edmilson Barreto.
Sem se prolongar nas palavras sobre o assunto, o padre Marcos Rogério informou que segue aguardando as vistorias, bem como permanece à disposição dos órgãos de fiscalização para participar de audiências públicas. "Estamos à disposição da equipe da Secretaria de Meio Ambiente, de Itabaiana, para fazer a medição do volume, assim como estamos disponíveis para conversar sobre este assunto em audiências, como também sobre a realização dos festejos do padroeiro Santo Antônio. Não é do nosso interesse entrar em conflito, por isso, mesmo com a comunidade religiosa não concordando com as decisões judiciais, nós respeitaremos a decisão do MPE", declarou.
As atividades alusivas ao padroeiro Santo Antônio estão previstas para acontecer entre os dias 31 de maio e 13 de junho. (Milton Alves Júnior)

Por decisão do Ministério Público Estadual (MPE), a Igreja Matriz de Santo Antônio e Almas, no município de Itabaiana, região Agreste de Sergipe, não mais poderá transmitir as missas por meio do sistema de som instalado na torre do templo. A medida foi dotada após a um vizinho da igreja ter se direcionado ao órgão estadual de fiscalização a fim de criticar e denunciar o volume diariamente emitido pelos autofalantes. De acordo com as alegações do denunciante, a transmissão externa estaria indo de contra à Lei do Silêncio, quando um cidadão se sente incomodado pela sonorização. Houve ainda críticas ao som interno da igreja.
Paralelo à decisão judicial de suspender a transmissão externa, uma equipe do próprio MPE tem visitado a igreja com a proposta de analisar in loco, os decibéis emitidos pelos autofalantes instalados na área interna da igreja. A Prefeitura de Itabaiana, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente também tem acompanhado a medição do volume. Por meio das redes sociais a direção da igreja utilizou uma citação bíblica para enaltecer que: ‘Bem-aventurados os perseguidos por causa da Justiça, pois deles é o Reino dos Céus’ (Mateus 5,10). Por se tratar de uma cultura herdada há décadas, a decisão judicial divide opiniões entre os populares.
Semelhantemente a outros estados do Nordeste brasileiro, em Sergipe é tradição na maioria dos 71 municípios distantes da Região Metropolitana transmitir celebrações de missas por meio de autofalantes instalados estrategicamente em ambientes externos das igrejas. Nesses casos é possível se deparar com populares os quais optam por sentar nos bancos das praças ou portas de casas para acompanhar as atividades religiosas. "Se tem direito de reclamar, tudo bem, respeito, mas não seria viável antes de buscar o Ministério Público, tentar conversar com o padre? Acho que seria mais interessante porque as missas são rápidas. Talvez baixar o volume seria mais sensato", declarou o fiel Edmilson Barreto.
Sem se prolongar nas palavras sobre o assunto, o padre Marcos Rogério informou que segue aguardando as vistorias, bem como permanece à disposição dos órgãos de fiscalização para participar de audiências públicas. "Estamos à disposição da equipe da Secretaria de Meio Ambiente, de Itabaiana, para fazer a medição do volume, assim como estamos disponíveis para conversar sobre este assunto em audiências, como também sobre a realização dos festejos do padroeiro Santo Antônio. Não é do nosso interesse entrar em conflito, por isso, mesmo com a comunidade religiosa não concordando com as decisões judiciais, nós respeitaremos a decisão do MPE", declarou.
As atividades alusivas ao padroeiro Santo Antônio estão previstas para acontecer entre os dias 31 de maio e 13 de junho. (Milton Alves Júnior)

 

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