Mãe de dois filhos pequenos e aluna da rede pública, Élida conseguiu ingressar na UFS.
Jovem mãe de dois filhos obtém aprovação em 3° lugar na UFS
Publicado em 09 de março de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Conquistar a tão sonhada vaga na universidade não é fácil. Muito menos, uma realidade para todos os estudantes no Brasil. No entanto, histórias como as da Elida Santos, estudante de escola pública de EMI – Ensino Médio Integral que foi aprovada em 3º lugar no curso de Engenharia de Produção, na Universidade Federal de Sergipe (USF), nos mostram que é possível fazer acontecer.
Elida tem apenas 18 anos, é mãe de dois filhos pequenos, e por alguns momentos, viu seu objetivo passando muito longe de sua vida. Sem ter como cuidar de seus filhos e acompanhar as aulas, a jovem abandonou os estudos durante um período. Porém, graças à disciplina “Bebe a bordo”, criada pelo Centro de Excelência Dr. Edélzio Vieira de Melo, escola de EMI onde estudava, ela conseguiu driblar suas dificuldades e voltar a estudar.
A disciplina faz parte do modelo pedagógico do EMI, que se baseia em uma série de elementos educacionais que buscam promover o desenvolvimento integral do aluno. Por meio de pilares como o Projeto de Vida, Acolhimento, Aprendizado na Prática, Tutoria e Protagonismo Juvenil, o diretor, Almir Pinto, junto aos professores, conseguiu movimentar ações para acolher e dar assistência às mães adolescentes. Assim, elas podiam estudar enquanto levavam os filhos para a mesma escola.
Mesmo com dúvidas e preocupada se iria dar conta das crianças e conseguir acompanhar os estudos em tempo integral, Elida não desistiu. “No começo foi bem difícil. Eu já era mãe do meu primeiro filho e não sabia se daria certo essa relação com os estudos, mas logo nos primeiros dias de aula, comecei a sentir o acolhimento de todos. A escola me acolheu e acolheu também meus filhos”, explica a jovem.
No meio do ano, a estudante precisou pausar novamente os estudos devido a uma outra gestação. “Quis me isolar, pois fiquei com muita vergonha. Passei alguns dias em casa e, nesse período, recebi a visita do diretor Almir, junto com um professor e uma amiga minha. Eles me deram força e apoio para voltar, e assim fiz. Meu rendimento escolar começou a crescer e então percebi que poderia ter chances de ingressar no ensino superior”, finaliza Elida, que agora está colhendo os resultados dessa preocupação e acompanhamento personalizados que a escola ofereceu.