Quinta, 22 De Maio De 2025
       
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Jovem que esquartejou colega de apartamento já está preso


Publicado em 20 de dezembro de 2022
Por Jornal Do Dia Se


As investigações indicam que o suspeito detido cometeu o homicídio dentro do apartamento após uma discussão com Henrique José de Andrade. Ao constatar o óbito, teria saído em busca de uma serra para esquartejar o corpo; feito isso, partes foram armazenadas em duas malas.

Milton Alves Júnior

Por determinação proferida pelo juiz Leopoldo Martins Moreira Neto, o Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJ/SE) decretou prisão preventiva do jovem acusado de ter assassinado o estudante de odontologia Henrique José de Andrade Matos, 23 anos de idade. A definição judicial foi protocolada na tarde do último domingo durante audiência de custódia, realizada no Fórum Gumersindo Bessa, na zona Norte de Aracaju. Minutos antes de o suspeito ter recebido a notificação judicial, os restos mortais de Henrique José foi sepultado na cidade de Cícero Dantas (BA), distante 177 km da capital sergipana. Amigos de infância, vítima e acusado eram naturais do município baiano.
O crime foi registrado na manhã do último sábado (17), pela Superintendência da Polícia Civil, por intermédio de peritos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em um condomínio que fica localizado no bairro Farolândia, próximo a uma universidade particular. Conforme informações reveladas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE), ambos residiam na região há três anos, quando deram início aos estudos no ensino superior. Além a vítima e do acusado, um outro jovem residia no mesmo apartamento, mas não há indícios de sua participação no homicídio. Sem ter o nome revelado oficialmente, o acusado confessou o crime durante depoimento à polícia e durante a respectiva audiência de custódio.
Esquartejado – As investigações indicam que o suspeito detido cometeu o homicídio dentro do apartamento após uma discussão com Henrique José de Andrade. Ao constatar o óbito, teria saído em busca de uma serra para esquartejar o corpo; feito isso, partes foram armazenadas em duas malas. Finalizado esse processo, o jovem detido teria acionado um serviço de transporte por aplicativo e solicitado que o motorista ajudasse com o transporte das bagagens. Ao entrar no imóvel, o condutor observou um lençol com marcas de sangue, e mobilizou o serviço de portaria do condomínio para que acionasse equipes da Polícia Militar. De imediato os agentes militares identificaram o sinistro; uma das malas estava posicionada na área verde do prédio.
De acordo com a delegada Juliana Alcoforado, diretora do DHPP e responsável por coordenar as investigações sobre esse crime, alguns pontos levantados ainda no sábado pela Polícia Civil já podem ser apontados como oficiais. “O autor saiu de casa, foi à uma loja onde adquiriu serras e outros equipamentos. Levou para residência e lá desmembrou o corpo do colega falecido. No sábado pela manhã tentava sair do prédio carregando parte do corpo a bordo de um carro de aplicativo. O motorista desconfiou e pediu apoio. Foi uma atitude rápida, silenciosa e que ajudou bastante para a força policial agir com brevidade”, avaliou. A Polícia Militar foi acionada por intermédio do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (CIOSP 190).

Cautela – No despacho apresentado pelo juiz Leopoldo Martins Moreira Neto, foi destacado que a prisão preventiva se fez necessária a fim de minimizar qualquer risco de prejuízos ao andamento das investigações. “É certo que o pretenso crime não pode ser valorado de forma abstrata, mas é de acordo com as especificidades do caso em testilha, no qual se tem dois amigos que, para além de partilharem origem comum, viviam juntos em nome do sonho de um diploma de nível superior, e no qual um mata o outro, que reputo altamente condenável a conduta, em tese, praticada. Atendidos, portanto, os pressupostos da prisão cautelar”, registrou o magistrado. O terceiro jovem – que também residia no apartamento -, deve ser ouvido pelo DHPP esta semana.

Investigação paralela – Ao se deparar com a identidade do suspeito, peritos da Polícia Civil constataram que o mesmo já vinha sendo investigado por crimes de estelionato. Este tipo de crime se trata de uma fraude praticada em contratos ou convenções, com o intuito de obter vantagem ilícita para si, ou para outros. Entre alguns exemplos é possível citar a venda de produto como próprio – sem que seja, ou mesmo a emissão de cheque sem fundo. Sobre este assunto a Secretaria de Estado da Segurança Pública optou por não apresentar detalhes aprofundados. “Henrique era um menino doce, carinhoso e filho único. Os pais estão arrasados e não param de chorar. Pedimos justiça”, disse Gorete Matos, tia da vítima.

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