Marina vai para o PSB de Eduardo Campos
Publicado em 07 de outubro de 2013
Por Jornal Do Dia
Na manhã de ontem, 5, a ex-senadora Maria Silva anunciou em Brasília que à tarde estaria assinando a ficha de filiação do PSB. Apesar de ter sido disputada pelo PEN, PPS e até pelo PDT, Marina Silva garantiu que sua preferência de filiação foi pelo PSB e poderá integrar a chapa majoritária do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE), na disputa presidencial de 2014. Marina poderá ser a vice de Campos nas eleições do ano que vem. No entanto, há quem diga que ela poderá ser a candidata à presidenta, já que possui boa densidade eleitoral no país.
Segundo fontes ligadas ao PSB e à Rede Sustentabilidade, as negociações entre ela e o partido se intensificaram na noite de sexta-feira e foram concluídas na manhã deste sábado. Além de integrar um projeto alternativo ao Governo Federal com peso político para o ano que vem, pesou na decisão de Marina um acordo com o PSB sobre fidelidade partidária. O PSB concordou em não questionar judicialmente eventuais parlamentares eleitos pela legenda que se filiem à Rede, quando ela tiver registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Internamente, o acordo com o PSB é visto também como alternativa para deputados federais que deixaram suas legendas com o intuito de trabalhar pela criação da Rede. Entre esses deputados que devem migrar para o PSB, está o fundador do PV no Rio de Janeiro, Alfredo Sirkis.
Após a decisão do TSE que indeferiu o registro da Rede Sustentabilidade, Marina Silva foi procurada por legendas como PEN, PPS, PDT e até o PTB. Em todas ela enfrentou algum tipo de problema. No PEN, Marina entraria com a possibilidade de comandá-lo nacionalmente, mas teria pouco tempo de TV. No PPS, ela teria condições de apresentar uma candidatura à presidência da República com bom tempo de TV, mas a ex-senadora se negou a fazer uma oposição radical ao PT durante o segundo turno de uma eventual disputa presidencial. Marina também rejeitou a proposta do PPS por causa da centralização do comando do partido na figura do senador Roberto Freire (PPS-SP).
Marina ocupava a segunda colocação nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais do ano que vem. Seu projeto inicial era ser candidata à presidência da república em partido próprio, Rede Sustentabilidade. Mas o registro da legenda foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral, por 6 votos a 1, na noite de quinta-feira. O Rede Sustentabilidade não conseguiu o número mínimo de assinaturas para viabilizar a criação da legenda.