Médicos fazem manifestação em Sergipe
Publicado em 19 de outubro de 2013
Por Jornal Do Dia
Milton Alves Júnior
Médicos que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS), em Sergipe, deram início ontem a uma paralisação de 24h em alusão ao Dia Nacional dos Médicos. O ato, que foi realizado simultaneamente em mais 23 estados brasileiros, não agradou aos pacientes que buscavam auxílio médico nos hospitais da capital e em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) no interior sergipano. Segundo o Sindicato dos Médicos (Sindimed), essa atitude tem por objetivo criticar a maneira administrativa dos governos estadual e federal. Durante reunião realizada na manhã de ontem os profissionais cobraram junto à Secretaria de Estado da Saúde (SES) a criação de concursos públicos, melhorias salariais e melhores condições de trabalho.
Conforme prometido pelos médicos brasileiros, após o anúncio da criação do Programa Federal ‘Mais Médicos’, a meta dos servidores concursados e terceirizados é realizar manifestações dessa natureza até as eleições de 2014 quando a presidente Dilma Rousseff pretende pleitear a reeleição. Para o médico Jonas Bawrey, a greve de 24h serve para mostrar a insatisfação da categoria junto ao governo Dilma. "A saúde do país continua precária e o maior responsável por isso são os governantes que não cumprem com o que foi prometido durante a campanha eleitoral. É triste, mas temos que reconhecer que há muito tempo a saúde do nosso amado Brasil está na UTI", disse.
Divergindo opiniões, há quem diga que o dia não é de comemorações. Esse é o caso da cardiologista Letícia Gonçalo que reprovou a chegada dos 21 médicos brasileiros e estrangeiros para atuar no serviço público de Sergipe. Para ela, os profissionais que graduam no país deveriam ser melhor valorizados antes de contratar os cubanos, por exemplo. "Não vejo motivo algum pra dizer que estou feliz nesse Dia do Médico. Ao longo dos últimos meses só registramos perdas e desvalorizações, como é que posso transparecer por ser médica no Brasil? Amo minha profissão e honro com meus compromissos, mas dizer que temos sido valorizados e que temos boas condições de trabalho, isso não é verdade", afirmou.