Médicos reivindicam reajuste dos honorários de consultas de planos de saúde

Médicos que prestam serviços para os planos particulares de saúde continuam adotando medidas diferenciadas para chamar a atenção dos empresários. Alertando para a vasta demanda, e baixa quantidade de profissionais, o Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed) informou que até o momento a Sociedade Médica não apresentou uma proposta de melhoria, e os atendimentos podem gradativamente sofrer alterações.

O protesto dos médicos tem o objetivo de reivindicar reajuste dos honorários de consultas, fim da intervenção antiética na autonomia da relação médico-paciente e inserção nos contratos de critérios de descredenciamento, Atualmente, no Brasil, mais de 40 milhões de pessoas são clientes das diversas empresas, que, apesar da Agência Nacional de Saúde (ANS) ter inviabilizado a venda de novos planos, continuam burlando a decisão judicial.

De acordo com o diretor do Sindimed, Luiz Carlos Spina, apesar dos profissionais que atuam em Sergipe ainda não terem aderido integralmente à paralisação, alguns clientes já começam a sofrer com o problema. "Pra ter uma ideia, hoje atendi uma paciente que tem um retorno marcado apenas no dia 22 de novembro. Chega a ser uma falta de respeito com a população", disse.

Ainda de acordo com o sindicato, a categoria pleiteia inserção nos contratos de critério de reajuste, com índices definidos e periodicidade, por meio de negociação coletiva; e resposta da ANS, por meio de normativa, à proposta de contratualização, encaminhada pelas entidades médicas. Vale lembrar que só no ano passado, juntas, as empresas registraram um lucro superior a R$ 80 bilhões.

Questionado quanto às mobilizações dos profissionais, o sindicalista informou que cada profissional irá protestar da maneira mais viável que encontrar. "Não estamos promovendo nenhum tipo de encontro público ou marchas, sugerimos que os nossos colegas possam aderir a campanha da maneira que achar mais convincente e produtiva. Esperamos que eles deixem de atender aos segurados para que o Procon e Ministério da Saúde possam registrar as queixas da população", concluiu Spina.
Conforme previsto anteriormente, em todos os municípios sergipanos, o movimento somente garante a normalidade da assistência eletiva nos casos de urgências e emergências.