Quinta, 06 De Fevereiro De 2025
       
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Morte de Genivaldo foi por asfixia mecânica, confirma Criminalística


Publicado em 03 de setembro de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Gabriel Damásio

A Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp) confirmou nesta sexta-feira o resultado dos laudos sobre a morte do motociclista Genivaldo de Jesus Santos, em 25 de maio, durante uma abordagem de policiais rodoviários federais na BR-101, Umbaúba (Sul). De acordo com os laudos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), a causa da morte foi “asfixia mecânica com inflamação de vias aéreas”. A asfixia foi decorrente do sufocamento sofrido por Genivaldo, que foi prendido em um camburão da PRF e forçado a respirar uma bomba de gás lacrimogêneo acesa dentro do compartimento.
Por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o diretor do IML, Victor Barros, explicou que o exame cadavérico já tinha atestado a asfixia mecânica, mas outras análises, com amostras do pulmão do cadáver, constatou que boa parte do sistema respiratório da vítima estava muito inflamado, a ponto de bloquear sua respiração. “Recebemos esse resultado, que indicou que Genivaldo apresentou uma reação inflamatória intensa nas vias aéreas, com predomínio nas vias respiratórias inferiores e, essa reação, gerou o fechamento da árvore respiratória da vítima, provocando a morte”, disse o diretor.
Vitor Barros explicou também que o painel toxicológico encaminhado pelo IAPF identificou que a vítima não permaneceu reinalando monóxido de carbono. “Chegamos à conclusão que o óbito se deu logo no início do processo por uma reação inflamatória intensa, que gerou o fechamento da via aérea com predomínio da via aérea inferior, gerando a morte de Genivaldo”, concluiu.
Além dos exames cadavérico e de anatomopatologia, houve ainda um laudo toxicológico, que buscou detectar a possível existência – ou não – de drogas ou outras substâncias no sangue da vítima. Segundo o perito criminal Ricardo Leal, do IAPF, os exames requisitados para o laudo apontaram que Genivaldo não consumiu álcool e nem drogas, mas estava sob efeito de um remédio usado no tratamento de esquizofrenia, doença da qual ele era portador. “Quantificamos e verificamos que a concentração é compatível com a terapêutica. No momento do fato, ele estava sob o efeito do medicamento. Ele não estava tendo um surto, pois estava medicado”, afirmou Ricardo, referindo-se ao momento em que o motociclista ficou nervoso e tentou reagir à abordagem dos PRFs.
Ainda conforme o perito, os exames também verificaram se a vítima havia monóxido de carbono em grande quantidade no sangue, o que não se confirmou. “Pois quando a bomba de gás lacrimogêneo quando é detonada forma alguns gases, entre eles o monóxido de carbono, que é tóxico e havia essa suspeita. Realizamos essa análise e verificamos que ele não foi intoxicado por monóxido da bomba de gás lacrimogêneo”, mencionou Ricardo, ressaltou que outros gases são formados. “Por exemplo, ácido clorídrico, que é isso que provoca a irritação das mucosas. E essa substância pode ser formada. Com esses resultados todos, concluímos o laudo pericial solicitado pelo IML”, acrescentou o perito.
O laudo foi encaminhado para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal (MPF), que conduzem oficialmente as investigações criminais do caso. A Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também deve ter acesso ao laudo. A PF disse que só irá se pronunciar no final das investigações.

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