A paralisação dos motoristas do Samu continua
Motoristas do Samu continuam em greve
Publicado em 07 de fevereiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Júnior
Sem entrar em acordo com o governo de Sergipe, condutores de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), permanecem de braços cruzados por tempo indeterminado. Desde a segunda-feira da semana passada, dia 31 de janeiro, as UTI’s móveis continuam trabalhando com 100% da frota; o impacto operacional – de 30% -, segue sendo protagonizado com exclusividade por ambulâncias que compõe o serviço de suporte básico. Em decorrência da falta de diálogo e avanço nas discussões entre a classe trabalhadora e o Poder Executivo Estadual, os servidores não descartam a possibilidade de ampliar ainda esta semana o percentual de ambulâncias paradas.
De acordo com Robério Batista, diretor presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância de Sergipe (Sindconam), por se tratar de um serviço essencial, a Constituição Federal permite que os profissionais ampliem até 40% do índice atual de ambulâncias estacionadas. A greve – definida em assembleia promovida pelos servidores no dia 19 de janeiro -, tem como principal objetivo pressionar o governo do estado para conceder reajuste anual, com aumento real, conforme previsto na legislação trabalhista. Os condutores alegam que a recomposição inflacionária da categoria está há quase uma década sem a correção do salário frente à inflação.
“Estamos há uma semana em protesto seguido, respeitando o limite de ato grevista detrimento por Lei, mas mesmo assim o governador Belivaldo Chagas, nem algum secretário com poder de gestão nos convidou para discutir esse assunto. Como não identificamos nenhum avanço possível nessa luta de classe, a perspectiva é que a atual porcentagem de 30% da frota parada, possa subir mais nas próximas 48h. Estamos tentando minimizar o impacto imposto ao cidadão que precisa do serviço, mas infelizmente falta interesse por parte do governo em atender aos nossos pleitos”, denunciou o presidente sindical. Até o início da noite de ontem a administração estadual não havia se manifestado oficialmente sobre o assunto.