Quinta, 22 De Maio De 2025
       
**PUBLICIDADE
Publicidade

MPF pede júri popular para os policiais que mataram Genivaldo


Publicado em 14 de dezembro de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Milton Alves Júnior

Os agentes William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento, indiciados pela própria Polícia Federal pela prática de homicídio qualificado e abuso de autoridade contra Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, serão submetidos à júri popular. Ao menos este é o desejo deliberado pelo colegiado do Ministério Público Federal em Sergipe.
Esta manifestação jurídica foi apresentada ontem (12), pelo órgão federal de fiscalização, o qual requer que outras punições sejam aplicadas. No requerimento apresentado, o MPF pleiteia que, em caso de condenação, seja determinada a perda dos cargos públicos dos agentes, bem como a Justiça Federal fixe uma indenização de reparação por danos morais aos familiares.
O caso – No momento da abordagem ocorrida no dia 25 de maio deste ano – inicialmente realizada pelo fato de Genivaldo conduzir uma motocicleta sem o uso de capacete -, familiares se aproximaram dos policiais e informaram que a vítima era usuária de medicamento controlado por sofrer de problemas mentais. Laudos médicos confirmaram a alegação dos familiares, bem como no momento da abordagem Genivaldo portava uma cartela do referido medicamento no bolso.
Em junho, peritos do Instituto Médico Legal (IML) já apontavam asfixia e insuficiência respiratória como causas da morte. Durante as investigações sobre a morte, os peritos da Polícia Federal atestaram que a concentração de monóxido de carbono foi pequena, enquanto o ácido sulfídrico foi maior, responsável por causar convulsões e incapacidade de respirar.
Conforme presente nos autos, antes de perder a vida, o sergipano – natural do município de Umbaúba, local onde ocorreu o episódio -, a vítima foi agredida física e psicologicamente, e teve as mãos e pernas amarradas antes de ser posicionado na parte traseira da viatura. Toda a cena foi registrada por familiares e demais moradores do município.
Após essa ação, um dos agentes acionou uma bomba de gás lacrimogênio e arremessou no próprio carro da PRF, enquanto outro agente público segurava a tampa da mala, minimizando qualquer possibilidade de a vítima conseguir sair da câmara de gás improvisada. Paralelo à contínua cobrança popular, entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público Federal (MPF), Senado Federal, Câmara Federal, entidades sociais, e corporações internacionais, a exemplo da Organização das Nações Unidas (ONU), seguem acompanhando a elucidação desta ocorrência
Isentos – Vale lembrar que o boletim operacional foi assinado por cinco policiais: Paulo Rodolpho Lima Nascimento, William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas, Clenilson José dos Santos e Adeilton dos Santos Nunes.
Os dois últimos, conforme já destacado pela superintendência Nacional da Polícia Federal, bem como pela própria Polícia Rodoviária Federal (PRF), estavam na base da corporação e não possuem quaisquer envolvimentos, seja ela direta ou indireta, na operação fatal. Até o início da noite de ontem a Justiça Federal não havia se manifestado sobre o pedido protocolado pelo MPF em Sergipe.

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade