Quarta, 06 De Novembro De 2024
       
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Novo caso de calazar é registrado no Estado


Publicado em 14 de janeiro de 2019
Por Jornal Do Dia


 

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Milton Alves Júnior

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), confirmou na tarde da última sexta-feira  o primeiro caso de calazar neste ano. Conforme boletim médico apresentado pela maior unidade hospitalar que atende ao Sistema Único de Saúde em Sergipe, o paciente trata-se de uma criança com idade, sexo e nome não revelados pela SES. A vítima da doença deu entrada no dia 02 deste mês quando foi submetida a consultas e exames. De acordo com a Assessoria de Comunicação do Huse, todas as medidas necessárias para tentar reverter o quadro clínico já foram adotadas. A criança segue estável, porém, sem previsão de receber alta médica.

O calazar é causada pelo protozoário parasita Leishmania que é transmitido pela picada de mosquitos-palha infectados. O parasita ataca o sistema imunológico e, meses após a infecção inicial, a doença pode evoluir para uma forma visceral mais grave, que é quase sempre fatal se não for tratada. A doença, quando progride, se manifesta de dois a oito meses após a infecção com e se caracteriza por acessos irregulares de febre, perda de peso, fraqueza, aumento do baço e do fígado, nódulos linfáticos inchados e anemia. No entanto, se a carga parasitária é alta ou o nível de imunidade do paciente é baixo, o período de incubação é de 10 a 14 dias.

Vale destacar que apesar de preocupante, a doença é tratável e curável. Todos os pacientes diagnosticados precisam de tratamento rápido e completo, e aqueles que são curados quase sempre desenvolvem imunidade vitalícia. Anualmente, cerca de 250 pessoas morrem em decorrência da doença no Brasil. Para manter sua casa, família e animais livres do contágio, a recomendação é usar produtos repelentes nos ambientes favoráveis ao desenvolvimento de mosquitos. Além disso é recomendado a utilização de mosquiteiros, telagem das janelas, uso de inseticidas; construção de casas a uma distância de 500 metros da mata, eliminação dos reservatórios.

Um novo boletim médico detalhando o quadro clínico da criança deve ser apresentado na manhã dessa segunda-feira. No ano passado quatro pessoas morreram em Sergipe vítimas do calazar.

 

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