Quarta, 04 De Dezembro De 2024
       
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Obras voltam a ser autorizadas


Publicado em 07 de novembro de 2013
Por Jornal Do Dia


A Prefeitura foi autorizada pela Justiça a iniciar as obras definitivas na 13 de Julho

A PREFEITURA JÁ ESTOCOU PEDRAS PARA O INÍCIO DAS OBRAS DE CONTENÇÃO NA BEIRA MAR, MAS AGUARDAVA NOVA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL

Milton Alves Júnior
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br

A Justiça sergipana oficializou na manhã de ontem a permissão para que a Prefeitura de Aracaju possa iniciar definitivamente as obras de revitalização da balaustrada da avenida Beira Mar, no trecho entre o Iate Clube de Aracaju e o Calçadão da 13 de Julho. Considerado um dos principais projetos arquitetônicos e paisagísticos do prefeito João Alves Filho para o atual mandato, a administração municipal vem reivindicando esta autorização desde o mês de abril, quando o Tribunal de Justiça concedeu liminar permitindo a interdição de parte da via. Desde o final do mês passado, operários e tratores já circulam pela localidade com maior frequência.

Após a área ter sido cercada com uma rede de proteção, centenas de pedras estão sendo depositadas na tentativa de a prefeitura agilizar o início do serviço que foi idealizado e apresentado no final do ano passado pelo então prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB). Depois de mais de seis meses de indecisão e impasse entre órgãos municipais e estaduais, a perspectiva é que a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) comece a acelerar o ritmo da reforma e conclua o serviço em aproximadamente seis meses.

De acordo com Luíz Durval, diretor-presidente da Emurb, com o aval do TJ os aracajuanos poderão conferir um fluxo maior de trabalhadores na obra de contenção do avanço da maré. "Na realidade, desde o mês passado que já estávamos respeitando uma decisão da justiça que determinou o início das obras em até 30 dias a contar daquele dia. Agora, com essa nova ordem judicial, o que temos a fazer é acelerar o serviço e contribuir mais rapidamente pela segurança dos aracajuanos e progresso estrutural da nossa cidade", declarou.

Calculada em R$ 4 milhões, a discussão sobre a obra da balaustrada divide opiniões de especialistas em Sergipe. Para uns, essa atitude é necessária em decorrência de uma possível vulnerabilidade de queda do solo; já para outros, aterrar parte do rio é ‘empurrar’ o problema de um lado para o outro.
Esse é o caso da moradora Norma Alves que critica uma possível briga política entre os atuais governantes. "O que estamos presenciando ultimamente é uma verdadeira disputa política onde a Adema não aceita que a Prefeitura inicie a obra. Por sua vez, o prefeito manda interditar a avenida e quem sofre somos nós moradores e os motoristas que enfrentam um congestionamento absurdo", declarou a empresária que concluiu dizendo: "O pior é que não sabemos se isso realmente vai surtir efeito positivo. Se não ajustar, a fúria da água vai afetar a Atalaia Nova".

Entre os especialistas e estudantes dos diversos cursos ligados ao meio ambiente, há quem acredite que com a construção dessa obra este mesmo problema possa prejudicar os moradores do bairro Industrial, distante seis quilômetros da 13 de Julho.

Devido ao desgaste psicológico enfrentado todos os dias, alguns condutores de veículos comemoraram a determinação da justiça. Para o taxista Leandro Martins, a população estava cansada da novela e passa a observar uma possível e promissora ‘luz no fim do túnel’. "Não é isso que ele tanto deseja? Não é isso que desde o início do ano parece que a cidade parou por causa dessa obra da 13? Então deixe ele fazer. Estamos cansados de tanta ladainha e falta de atitude. Até a justiça autoriza e depois desautoriza a obra. Quem sabe agora, depois de um semestre parece que o projeto vai ser posto em prática", disse.

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