Uma modalidade de arte essencialmente social
ORSSE retoma concertos com público
Publicado em 18 de agosto de 2021
Por Jornal Do Dia
Preparando-se para a abertura de sua Tem porada de Concertos 2020 no Teatro Tobias Barreto, no mês de março do ano passado, o grupo foi surpreendido pelas primeiras medidas restritivas, cujo principal aspecto era o de se evitar, ao máximo, as aglomerações de pessoas. Naturalmente, todas as apresentações com público, desde então, foram canceladas, e mesmo os ensaios com orquestra completa – uma típica aglomeração de artistas – foram suspensos.
A partir do mês de julho do ano passado, o grupo iniciou um importante projeto de Temporada Digital de Concertos, com apresentações gravadas, sem público, diretamente do palco do Teatro Tobias Barreto, veiculadas pela TV pública e meios digitais (YouTube e Facebook da Orsse, @orquestra.sergipe). Os 19 programas produzidos desta forma seguirão sendo veiculados até o fim do ano.
O concerto deste próximo dia 19 é o primeiro concerto a ser realizado com toda a orquestra e com a presença de público, desde o início da pandemia da Covid-19, e alguns fatores são importantes para esta realização. A queda do índice de transmissão em Sergipe, o extenso tamanho do palco do Teatro Tobias Barreto, que possibilita o correto distanciamento entre os músicos, e a significativa porcentagem de cidadãos vacinados possibilitam a realização do evento, com maior segurança para todos os envolvidos.
"Nossa arte é social, ela pressupõe o encontro, os diálogos musicais. Retomar este saudável processo, com toda a segurança para os envolvidos, é motivo de muita emoção e orgulho para todos nós, afirma Guilherme Mannis, diretor artístico do grupo. Que a ‘Alvorada’ de Carlos Gomes, a primeira peça que executaremos, traga um renascimento musical para nós todos, de forma que consigamos reconstruir nossas vidas e nossa esperança", completa Mannis.
No repertório do concerto, obras como as Danças Húngaras de Johannes Brahms, peças brasileiras como Batuque e Garatuja, de Alberto Nepomuceno e Dança Brasileira, de Camargo Guarnieri, além de excertos da ópera "Carmen", de Geroges Bizet, e o Danzón nº2, do mexicano Arturo Márquez.