Paralisação de servidores federais completa 24 dais
Publicado em 11 de julho de 2012
Por Jornal Do Dia
Há 24 dias em greve, servidores federais ligados ao Ministério da Saúde em Sergipe continuam pleiteando a implantação da data-base em 1º de maio de 2012 para reajuste salarial e recuperação da inflação. Com a paralisação, cerca de 600 servidores, incluindo os funcionários administrativos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), incorporados ao quadro do Ministério da Saúde, deixaram de realizar atendimentos no hospital Universitário, no Centro de Especialidades Médicas e alguns postos de saúde onde se concentram servidores federais. Os servidores só devem retornar ao trabalho após o Governo Federal atender as reivindicações.
Julgando o Governo Dilma como um dos piores para o trabalhador federal, Ricardo Nunes, Presidente dos Servidores Federais da Saúde, garantiu que a categoria está unida e só recuará após um entendimento geral entre os servidores federais que atuam nos 26 Estados e Distrito Federal. "Por diversas vezes tentamos entrar em acordo com os gestores federais, mas pelo que se percebe não registramos nenhum avanço nas negociações. Essa gestão é a pior desde a ditadura. Nossos servidores não são valorizados há anos", declarou o presidente. Outro problema encontrado pelos servidores refere-se às condições de trabalho. Segundo Nunes, faltam materiais de uso constante, como papel, copos e canetas.
Embrapa – Pela terceira vez só esse ano, os servidores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) paralisam hoje, por 24 horas, as atividades no Estado de Sergipe. A expectativa é que mais de 150 servidores cruzem os braços para cobrar dos gestores federais o atendimento das reivindicações pleiteadas pela categoria. Conforme informado pelos servidores, desde abril os empregados tentam fechar o Acordo Coletivo de Trabalho com a Embrapa, mas a empresa vem desprezando a análise das cláusulas econômicas, e se indispõe a negociar qualquer ganho real aos trabalhadores.
Segundo declarações de Elias Ribeiro, Diretor Nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (SINPAF), a paralisação temporária serve também para mostrar a indignação dos servidores junto aos administradores atuantes em Sergipe. Contra a manifestação dos servidores, a direção executiva ameaçou corte dos dias parados pela greve, como faltas injustificadas. "Percebe-se que eles visam desestabilizar e amedrontar a categoria. Todavia, tais atitudes ajudam a nos fortalecer e não aceitar o jogo da Diretoria Executiva e ainda a nos manter organizados e mobilizados", declarou.