Sexta, 17 De Janeiro De 2025
       
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Parecer médico descarta que morte tenha relação com uso de remédios


Publicado em 01 de abril de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Laudo descarta remédios como causa da morte de Paulinha Abelha.

Gabriel Damásio

Um relatório médico de finitivo foi divulgado ontem sobre as causas da morte da cantora Paulinha Abelha, vocalista da banda Calcinha Preta, que morreu no último dia 23 de fevereiro após ficar internada por cerca de duas semanas em Aracaju. O parecer elaborado pelo médico legista Nelson Bruni Freitas, contratado pela assessoria jurídica da banda, se baseia nos laudos e relatórios médicos apresentados pelos hospitais Unimed e Primavera, que assistiram à paciente em seu tratamento.
A conclusão é de que a morte dela foi causada por uma infecção grave no sistema nervoso central, compatível com um quadro de meningite. Com isso, foi descartada a suspeita inicial de que a morte teria sido provocada pelo uso de medicamentos para emagrecimento, conforme chegou a ser cogitado em alguns exames. Esses medicamentos, que são estimulantes, antidepressivos e substâncias para redução de apetite e controle de ansiedade, haviam sido receitados pela nutróloga Paula Cavallaro, com quem Paulinha fazia um tratamento para perda de peso desde novembro de 2020.
Uma reportagem divulgada em 7 de março pela Rede Record levantou a hipótese de que esses medicamentos teriam provocado uma sobrecarga muito forte nos rins da artista, que também teve outros medicamentos aplicados enquanto esteve internada, numa tentativa dos médicos de reverter a infecção que a levou ao coma. Essa relação, contudo, foi negada no parecer do médico Nelson Bruni.
“Baseado nos documentos médicos analisados, a lesão hepática não possui nexo causal com os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (…)
Não foi evidenciado a presença de conduta médica inadequada durante sua internação Hospitalar (Hospitais UNIMED ou Primavera). O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito. Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera) não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito”, diz o documento.
O atestado de óbito oficial apontou, como causa da morte da cantora, quatro doenças: quatro doenças: hepatite, insuficiência renal aguda, meningoencefalite e hipertensão craniana. O relatório do legista atesta que os exames de líquor realizados em Paulinha “evidenciam uma infecção em Sistema Nervoso Central, com a celularidade demonstrando a hipótese diagnóstica de uma Meningite”, e que os tratamentos aplicados, tanto pelos hospitais pela clínica de Cavallaro, “seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual”, apesar da rápida piora do quadro de saúde, que levou a cantora à morte.
Bruni escreveu ainda que “não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar desencadeou a patologia da paciente, porém, intoxicações alimentares podem causar lesões renal, hepática e cerebral, culminando em alguns casos com o óbito do paciente dependendo da gravidade da doença e a virulência do agente patológico”.
Por meio de sua assessoria, o modelo Clevinho Santos, viúvo de Paulinha, fez um breve comentário, dizendo que dá por encerradas as investigações sobre a morte da esposa, diante das conclusões do parecer médico.

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